CML quer cobrar taxa turística a passageiros de navios cruzeiros

CML quer cobrar taxa turística a passageiros de navios cruzeiros
A CML tem tido «um grande empenho» para que possa ser cobrada a taxa turística.


A Câmara de Lisboa quer que os passageiros, que desembarcam de navios cruzeiros, paguem taxa turística. Apesar de estar prevista em regulamento, «tem sido uma negociação difícil», sendo que prevê-se que a situação se resolva «em breve», revelou a CML esta terça-feira, de acordo com a Lusa, citada pelo Observador.

Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara de Lisboa, frisou que «parece-nos inaceitável e incompreensível que os passageiros dos navios de cruzeiro não paguem a taxa turística, como está prevista, e, portanto, é uma matéria em relação à qual nós não abdicaremos e também esperamos que em breve, no decurso do primeiro semestre deste ano, seja concretizada».

A deputada Cláudia Madeira, do PEV, questionou em reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, se a câmara pretende utilizar a taxa turística para a eletrificação do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, após declarações de Carlos Moedas, de que os turistas de cruzeiros também devem pagar dois euros quando desembarcam em Lisboa.

Por conta da ausência de Carlos Moedas, Filipe Anacoreta Correia respondeu que a Câmara Municipal de Lisboa tem tido «um grande empenho» para que na atividade dos navios cruzeiros possa ser cobrada a taxa turística, «que está prevista no regulamento, mas que não tem sido cobrada».

O autarca refere que a justificação dada pelos operadores de cruzeiros para a não cobrança da taxa turística é que esta «tem que ser antecipada ao tempo da comercialização dos próprios cruzeiros».

De recordar que na apresentação dos planos da Doca da Marinha, que vai ser reabilitada pelo grupo português Lean Man num investimento de 3,5 milhões de euros, Carlos Moedas atentou para a importância da taxa turística na capital: «a taxa turística é isto. Estamos aqui e vemos a aplicação da taxa turística, os turistas a deixarem o seu contributo para a cidade».