A CBRE lançou o seu mais recente estudo global – Live, Work, Shop – que oferece uma ampla análise intergeracional sobre os comportamentos que irão transformar o imobiliário. Este é o primeiro relatório desta tipologia produzido por uma consultora imobiliária.
A CBRE inquiriu, ao longo desta ano, mais de 20.000 pessoas em diversas regiões do globo e de todas as gerações, com a finalidade de percepcionar o modo como as pessoas irão viver, trabalhar e comprar no futuro e de que forma estes comportamentos terão impacto no imobiliário.
Em termos de “Live”, a consultora concluiu que «as pessoas estão mais propensas à mobilidade: seja para mais próximo do centro das cidades, como é o caso das gerações mais novas; ou do centro para a periferia ou zonas mais rurais, no caso de gerações mais velhas. Mas a aquisição de casa própria continua a ser preferencial».
No que toca ao “Work”, «a flexibilidade veio também marcar a temática do trabalho e tem uma influência positiva na forma como as pessoas olham para a sua função dentro de uma empresa; facilitar o tempo de deslocação é também crucial para assegurar uma maior presença no escritório», lê-se em comunicado.
Relativamente ao “Shop”, «apesar da mudança de paradigma gradual, a maioria dos consumidores ainda prefere comprar em lojas físicas; Na temática “comprar”, a CBRE apurou ainda uma redução na confiança dos consumidores que certamente significará mudanças comportamentais», indica a CBRE.
Cristina Arouca, Head of Research na CBRE Portugal, assinala que «vivemos, a nível global, uma conjuntura à qual apenas agora assistimos, com 4 gerações em simultâneo no mercado de trabalho (Baby boomers, Gen X, Millenialns e Gen Z) e uma pandemia que, entre outros, revolucionou o conceito de flexibilidade, tornando-o incontornável no dia-a-dia das pessoas nos seus mais diversos contextos. A qualidade de vida, a crescente importância da localização da casa e do trabalho, as preocupações ambientais e os novos modelos de trabalho lideram naquela que é agora a lista de prioridades das pessoas e certamente o setor imobiliário terá que adaptar-se a este novo paradigma, pondo em prática adaptações e alterações por forma a acomodar os novos comportamentos»