A Estratégia Local de Habitação de Cascais prevê um investimento global de 200 milhões de euros na melhoria das condições habitacionais de 4.085 famílias, que será feito no âmbito do programa 1º Direito.
Segundo a Lusa, a ELH de Cascais foi apresentada pela autarquia esta semana. Para o autarca Carlos Carreiras, «a habitação é uma das áreas de política pública em que os portugueses mais exigem respostas. Em Cascais, temos o rumo definido e queremos dar respostas aos cidadãos. Vamos investir até 200 milhões de euros até 2026 para assegurar habitação a 4.085 famílias».
Em Cascais, há 10.212 pessoas que necessitam de ser realojadas, 6.276 das quais em carência habitacional e 3.936 vivem em contexto de carência económica ou em casa arrendada com risco de despejo. Com a ELH, a ideia é «dar resposta às várias necessidades habitacionais, garantindo a todos o acesso a uma habitação condigna», cita o idealista/news.
Carlos Carreiras realça que «a escassez de habitação é um problema transversal a diversas classes e estratos, o que implica que as soluções tenham de ser distintas ao abrigo de um grande programa de habitação pública que não se restringe às necessidades identificadas no programa 1.º Direito». Por isso, também o arrendamento acessível é outra das vertentes da ELH.
A estratégia de Cascais tem também como objetivo reabilitar o parque habitacional público da autarquia, que corresponde a 2,8% do total de casas do concelho, e que a câmara quer aumentar, numa primeira fase, para 3,3%, e para 30% nos próximos anos, começando pela construção de 800 novos fogos, num investimento de 165 milhões de euros. «A nossa ambição é que a habitação pública caminhe tendencialmente, ao longo dos próximo anos, até aos 30% do total do parque habitacional do concelho. Como é que chegamos lá? Cascais entrará em múltiplas frentes», afirma Carlos Carreiras, citado no site do município.