A Casa Acreditar de Lisboa, da Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, abriu renovada a 20 de junho, no ano em que comemora 30 anos de existência.
A Casa Acreditar aumentou a sua capacidade, e agora pode receber mais famílias que vêm de longe para tratamentos. Aos 12 quartos iniciais, somam-se agora outros 20 novos quartos, que permitem acolher, gratuitamente e em simultâneo, até 32 famílias cujos filhos se encontram em tratamento no IPO de Lisboa e, no caso de jovens adultos, em todos os hospitais da grande Lisboa.
Em comunicado, a associação refere que «com esta obra, prevemos passar de cerca de 45 famílias anualmente acolhidas para cerca de 120, sendo os períodos de estadia bastante variáveis, pois dependem da necessidade clínica da criança ou do jovem doente».
Segundo a Acreditar, «este é um investimento muito expressivo, de 3.501.120,00€, possível graças à mobilização da sociedade civil - empresas e particulares. É um reconhecido exercício de responsabilidade social e cidadania ativa, uma vez que, a partir dos seus donativos, as famílias veem assegurado o conforto, segurança e normalização possível, para fazer face à exigência da doença».
Desde que entrou em funcionamento em 2003, já passaram pela casa 1.695 famílias, a maioria vinda da Madeira, Açores, Algarve e Alentejo, e também dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Agora, a Casa está preparada para receber jovens adultos (dos 18 aos 25 anos), população que a Acreditar também já acompanha.
Esta foi a primeira Casa a ser construída. Seguiram-se a Casa de Coimbra, com 20 quartos, e do Porto, com 16 quartos. Todas localizadas junto aos centros de referência em oncologia pediátrica, como o IPO.
Em 2023, a Acreditar apoiou 711 famílias, através de 1.735 apoios, onde se destaca o apoio económico, que teve um incremento de 61%. «As Casas Acreditar desempenham um papel crucial, aliviando a carga financeira e emocional associada ao tratamento oncológico, uma vez que as famílias ficam, gratuitamente, o tempo necessário aos tratamentos dos seus filhos», pode ainda ler-se em comunicado.