O Banco Central Europeu anunciou, esta quinta-feira, a subida as taxas de juro do euro em 50 pontos base. Uma vez que a inflação disparou, com o subsequente aumento dos preços da energia e dos alimentos, o BCE iniciou a subida das taxas de juro diretoras em julho – esta é a quarta subida das taxas de juro do euro desde julho.
Assim sendo, a partir do próximo dia 21 de dezembro, a taxa de juro das operações principais de refinanciamento transita para 2,5%, a taxa de facilidade permanente de depósito para 2% e a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez para 2,75%, cita o Eco.
O BCE apontou para uma inflação média de 8,4% em 2022 e de 6,3% em 2023, bem como uma uma inflação média de 3,4% em 2024 e de 2,3% em 2025.
Atualmente, a taxa de juro das operações principais de refinanciamento fixa-se no valor mais elevado desde 14 de janeiro de 2009. De acordo com Christine Lagarde, presidente do BCE em conferência de imprensa, este aumento não vai ficar por aqui: «vamos continuar a fazê-lo no futuro porque a inflação ainda é muito elevada», cita o Eco, pois «a inflação permanece demasiado elevada e se projeta que continue acima do objetivo durante demasiado tempo», pode ler-se em comunicado da autoridade monetária.
Christine Lagarde afirma que «as pressões inflacionistas e as condições de crédito mais restritivas estão a amortecer o consumo e a produção», antecipando que «os salários cresçam a taxas muito superiores à média histórica». Lagarde salienta ainda que uma recessão na Zona Euro «será curta e pouco profunda».