O projeto que o El Corte Inglés tem planeado para os terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista, no Porto, vai mesmo avançar, depois de a Câmara do Porto ter confirmado que não vai reverter o negócio.
Aqui vai surgir um grande armazém comercial, um hotel e habitação, além de comércio e serviços. O contrato com a Infra-estruturas de Portugal foi assinado já em 2000, e o projeto foi entretanto reformulado, obtendo a aprovação do Pedido de Informação Prévia pela CMP em outubro do ano passado.
Em entrevista ao Público, Rui Moreira, Presidente da CMP, referiu que não existe margem para reverter este negócio, e afasta a hipótese de ali instalar um jardim público, que chegou a ser proposta pelo autarca em 2013 e pedida em petição por um grupo de cidadãos, já que o processo podia abrir «uma caixa de pandora de problemas» para a autarquia.
Por outro lado, já em março deste ano que o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, referiu que o Governo não vai «incumprir ou rescindir um contrato que teria um custo desproporcional para o Estado e para IP», recordando que «não só a IP teria de devolver os 20 milhões de euros» já pagos pelo El Corte Inglés, como teria de pagar «uma indemnização que, em última instância, podia atingir o mesmo valor», citam a Lusa e o idealista/news.