No 4º trimestre de 2020, o valor da renda mediana dos novos contratos de arrendamento habitacional subiu 3,8% face a igual trimestre de 2019, uma variação inferior à de 5,2% registada no trimestre anterior.
É o que revelam as Estatísticas de Rendas da Habitação, agora publicadas pelo INE, segundo as quais a renda mediana dos 22.029 novos contratos deste trimestre se fixou nos 5,77 euros/m².
No entanto, destaca-se o aumento de 19,4% do número de novos contratos de arrendamento registado neste período, que acelera o crescimento de 10,7% do 3º trimestre.
O INE destaca que a evolução das rendas neste período foi muito heterogénea nas várias regiões do país. em 15 dos 24 municípios com mais de 200.000 habitantes, registou-se uma redução das rendas medianas. 18 destes municípios registaram uma redução da variação homóloga das rendas no 4º trimestre, face ao trimestre anterior. A subida mais elevada registou-se no Alto Alentejo, onde os valores medianos subiram 28,5%.
Rendas dos novos contratos descem 9,1% em Lisboa e 7,7% no Porto
As áreas metropolitanas destacaram-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e, simultaneamente, com uma diminuição homóloga das rendas medianas, os municípios de Lisboa (-9,1%), Oeiras (-8,1%), Porto (-7,7%), Cascais (-3,7%) e Amadora (-2,7%).
Face ao trimestre anterior, a renda mediana dos novos contratos desceu 1,4%. As descidas mais acentuadas registaram-se em Santa Maria da Feira (-14%), Gondomar (-12,8%) e Coimbra (-11,3%), e também em Sintra (-7,2%) e no Porto (-6%).
Além dos municípios das áreas metropolitanas, apenas o Funchal registou uma renda mediana superior à nacional, de 6,82 euros/m², com uma descida de -3,5%.
Aumento foi de 5,5% no semestre
Já no 2º semestre de 2020 (últimos 12 meses), a renda mediana dos 79,878 novos contratos celebrados fixou-se nos 5,61 euros/m², um aumento de 5,5% face a igual período do ano anterior, e inferior à subida de 9,3% registada no semestre anterior.
Verificou-se novamente um aumento do número de novos contratos celebrados relativamente ao mesmo período do ano anterior, de 9,7%, que compara com a subida de 3,8% do semestre anterior.
O valor fixou-se acima do valor nacional na Área Metropolitana de Lisboa (8,57 euros/m²), na Área Metropolitana do Porto (6,12 euros/m²), no Algarve (6,63 euros/m²) e na Madeira (5,99 euros/m²).
A AML concentrou cerca de 1/3 dos novos contratos de arrendamento, num total de 26.461. AML e AMP representaram 50% do total de novos contratos do país, e o Algarve 5,9%.