Alma investiu 40 milhões em projetos no Porto e em Oeiras

A Alma Development completou um ano de existência em Portugal. A empresa, criada para desenvolver projetos de promoção e investimento imobiliário orientada para o cliente, tem como objetivo contribuir para o aumento de unidades residenciais novas, de forma inovadora, e sempre numa lógica de promoção imobiliária assente em padrões de qualidade e sustentabilidade.Valorizar o que é nacionalEm entrevista à Vida Imobiliária, Francisco Carmona, CEO da ALMA Development, salienta que a empresa tenciona «aplicar todo o know-how de que dispomos de promoção imobiliária realizadas em Portugal e noutras geografias, cujas tendências, por norma, chegam mais tarde ao nosso país», adiantando que estão «determinados a valorizar o que é nacional e a incorporar o máximo de produtos, recursos, matérias-primas e parceiros portugueses nos nossos projetos».Francisco Carmona assinala que a operação «está a correr muito bem, atendendo à experiente equipa que conseguimos constituir neste curto período e atendendo aos 3 terrenos que conseguimos adquirir e para os quais estamos a desenvolver os respetivos projetos e a criar as devidas condições para os fazer chegar ao mercado».A empresa está ligada à promotora imobiliária gaulesa Panhard International, que «amplifica a nossa capacidade para criar, acompanhar e promover projetos imobiliários» e «confere-nos robustez e maior capacidade de atuação neste setor», explica.ESSENCE (Porto), Caxias Heights (Oeiras) e projeto residencial em GaiaO ESSENCE, no Porto, e o Caxias Heights, em Oeiras, são alguns dos projetos do portfólio da empresa. O primeiro é composto por 84 apartamentos, sendo que o início das obras está previsto para os próximos meses «e apontamos que estejam concluídas no 4º trimestre de 2025», indica o CEO da ALMA Development. O ESSENCE – New Tradition destina-se a famílias que desejam viver no Porto e a investidores.Já o Caxias Heights, segundo empreendimento do portfólio da ALMA Development, apresenta opções T3 e T4 Duplex e o início das obras está previsto também para os próximos meses, sendo que «apontamos que estejam concluídas no 3º trimestre de 2025». O Caxias Heights destina-se sobretudo a famílias que privilegiam a vivência num condomínio fechado, com todas as amenities.O responsável pela Alma refere que preveem lançar a comercialização dos dois projetos (Antas e Caxias) «ainda durante o primeiro semestre deste ano».Em Vila Nova de Gaia, a Alma Development tem ainda um terreno, com loteamento aprovado, no qual irá desenvolver um projeto residencial com uma pequena componente de retalho, com cerca de 50.000 metros quadrados de área bruta de construção acima do solo.“Este projeto irá dar-nos seguramente um pipeline interessante para os próximos 8 anos ”Segundo Francisco Carmona, a empresa está nesta fase «a terminar os projetos de infraestruturas e urbanização, para iniciarmos as mesmas ainda no primeiro semestre deste ano», adiantando que este projeto «irá dar-nos seguramente um pipeline interessante para os próximos 8 anos, tendo a vantagem de poder ser faseado e, desta forma, ajustarmo-nos aos diversos ciclos de investimento imobiliários que caraterizam a nossa indústria».Investimento superior a 100 milhõesDo ponto de vista do investimento, Francisco Carmona revela que os dois projetos mais avançados representam um investimento na ordem dos 40 milhões de euros. Com o projeto de Gaia, que ainda está a ser estudado em detalhe, a empresa «certamente terá um investimento superior a 100 milhões de euros».Para os próximos anos, o investimento «dependerá da evolução do mercado e das oportunidades que poderão surgir neste período, mas temos certamente vontade de continuar a apostar num mercado que tem um deficit grande de oferta e para o qual acreditamos que tem uma margem de progressão», comenta o responsável, completando que «estamos ativamente à procura de um quarto projeto na zona da grande Lisboa que possa equilibrar, em termos geográficos, a nossa presença em Portugal».“Queremos focar nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto”Ao ser questionado sobre que zonas do país se querem focar e porquê, como também em que tipo de segmento, Francisco Carmona apontou «às zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em segmento médio-alto e alto, uma vez que entendemos que a grande procura está nestas duas cidades e nas suas cidades satélites. O nosso cliente insere-se num perfil socioeconómico médio-alto/alto, com estilo de vida ativo e cosmopolita. O nosso foco recai sobre o segmento residencial e potencialmente, a médio prazo, no residencial sénior».O responsável acrescenta que o segmento escolhido está relacionado «não só com a questão da subida das taxas de juro, e como consequência a dificuldade de acesso ao crédito habitação das famílias de classe média, mas também pelo facto de cada vez mais termos uma procura estrangeira que procura imóveis deste segmento e que, maioritariamente, não recorre a crédito para a sua aquisição. Acreditamos ainda que há uma escassez de oferta deste tipo de produto em Portugal».“Queremos identificar oportunidades de negócio que garantam o nosso crescimento sustentável ”A empresa aposta na sustentabilidade: o setor imobiliário «pode e deve estar recetivo para mais construção. Atualmente assistimos a uma escassez da oferta e a uma elevada procura, sendo que ainda existem imensas oportunidades de crescimento para dar resposta a esta procura de mercado», frisa o CEO da Alma Development, aMais habitação: “Portugal precisa do investimento estrangeiro”Quanto ao às medidas propostas pelo Governo no Programa Mais Habitação, Francisco Carmona entende que «as condições fiscais e legais que mediam a nossa atividade devem ser estabilizadas para potenciar o crescimento dos projetos com mais segurança e promover a oferta de mais habitação para o mercado» e, para além disso, «acreditamos que Portugal precisa do investimento estrangeiro, pelo que todas as medidas que venham a ser tomadas para o estimular, são muito bem-vindas».O responsável pela Alma considera que «se a ideia é criar e estimular o mercado de arrendamento tradicional, que concordamos, deverão ser criadas condições para que estes investimentos estrangeiros possam ter reais condições competitivas para investir neste mercado e aumentar a oferta». Francisco Carmona sublinha que é «imperativo passar para o exterior a imagem de um país estável com condições benéficas para o investimento estrangeiro».O responsável complenta dizendo que «sabendo de antemão que a falta de oferta habitacional em Portugal é um problema que demorará muitos anos a ser resolvida (construíram-se cerca de 1 milhão de casas novas entre 1998 e 2009, quando nos últimos 12 anos (2010-2021) construíram-se apenas cerca de 185 mil casas novas (menos 83%)), aliado à crescente procura estrangeira, pelo que temos que saber aproveitar essas vantagens e contextos de mercado».

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