De acordo com os números do INE, só no último trimestre do ano foram vendidas 49.232 habitações, mais 7,4% face ao trimestre anterior, e mais 6,1% face ao período homólogo, sendo este o trimestre mais forte de que há registo. Só neste período, o valor transacionado ascendeu a 6.900 milhões de euros, mais 12,2% que em igual período de 2018.
Comentando estes números, também analisados pelo gabinete de estudos da APEMIP, o presidente da associação, Luís Lima, nota que o abrandamento do ritmo de crescimento das transações «já era expectável face à falta de stock existente». O responsável acredita que «não é compreensível que um setor que encaixa um valor de investimento tão avultado para o país, seja completamente esquecido pelo Governo quando se trata de atribuir medidas excecionais de apoio no seguimento da pandemia de Covid-19».
Travão nas transações
Atestando que neste momento as transações do setor já pararam, explica que «as escrituras que estavam previstas foram adiadas, e não há visitas a imóveis. A quebra de faturação das imobiliárias é brutal, e não há uma solução efetiva. As pessoas não compram casas sem as ver (…)
E completa que «seria expectável que o Governo reconhecesse as dificuldades que agora surgem e preparasse medidas de apoio específicas para estas empresas, das quais dependem cerca de 40 mil pessoas. A Linha de Crédito de 200 milhões de euros é insuficiente para a quantidade de sectores que a ela necessitarão de recorrer».