O Primeiro Ministro António Costa afirma mesmo que «não percebe» a proposta, e considera que a proposta «trata como taxa aquilo que é um imposto» e que reflete «e repete um imposto de mais-valias que já existe». Explica à SIC que o que pode combater a especulação é «aumentar a habitação acessível», nomeadamente através da colocação em prática das medidas para a habitação já apresentadas pelo Governo.
Carlos César também já comunicou à Lusa que o grupo parlamentar do PS não tem «qualquer intenção» de aprovar esta proposta.
PSD não considera proposta «disparatada»
Por outro lado, Rui Rio, presidente do PSD, considera que esta proposta «não é disparatada».
«Não estou a dizer que somos favoráveis aquilo que possa vir a ser proposto pelo Bloco de Esquerda», mas «não rejeito liminarmente» uma tributação da especulação imobiliária, cita o Eco. Defende que «efetivamente, uma coisa é comprarmos e mantermos durante ‘x’ tempo e outra coisa é andarmos a comprar e a vender todos os dias só para gerar uma mais-valia meramente artificial».
E completa ainda, em declarações aos jornalistas, que «o mercado tem de fazer o seu trabalho, mas há momentos em que se pode tentar ajustar no sentido de se tentar evitar os pesadíssimos custos sociais».