Foi em setembro passado que o grupo colocou em cima da mesa uma proposta de 7,8 milhões de euros pelo ativo, um valor inferior ao inicialmente fixado – de 8.3 milhões de euros. Mas apenas dois meses depois, o falido centro comercial voltou ao mercado.
A White Sand Capital Portugal revela agora em comunicado que não só adquiriu o ativo recentemente, como vai investir 2 milhões de euros para nele introduzir o conceito “VIDA Lifestyle”, que visa «melhorar a experiência de compra focada no “customer care”, desporto, lazer e negócios», oferecendo «áreas mais amplas, zonas de contacto com a natureza e um ambiente onde cada um encontra o seu lugar».
Para a empresa «a aquisição do Dolce Vita Ovar e a sua renovação representam o início de um plano de investimentos da White Sand Capital Portugal nos setores do retalho e do lazer em Portugal, sendo o Dolce Vita Ovar “o primeiro de muitos outros Centros que irão respirar uma nova vida”».
Dentro de 18 meses, o Dolce Vita Ovar – que soma hoje mais de 20 mil metros quadrados, 65 lojas e 1.300 lugares de estacionamento – contará com mais áreas exteriores: um terraço ao ar livre e três parques com diferentes funções: um infantil, outro fitness e um terceiro destinado aos animais de companhia. No interior, o grupo promete renovar a praça da alimentação, criar um ‘playground’ para crianças, novos espaços de estar e WC.
As motivações que levaram a sociedade a não desistir do Dolce Vita Ovar foram agora reveladas: «toda a área envolvente do Dolce Vita Ovar é única, com a natureza, a arena desportiva, a indústria e os bons acessos rodoviários. Quando visitámos Ovar pela primeira vez, ficamos impressionados com o incrível edifício do centro comercial e esse cenário envolvente. Com os excelentes lojistas âncora e as grandes oportunidades de melhoria, sabíamos que poderíamos causar um impacto positivo na oferta aos residentes de Ovar e de toda a área entre Porto e Aveiro».
Recorde-se que este centro comercial - inaugurado em abril de 2007 - resultou de um investimento de 33 milhões de euros e foi parar à insolvência no início de 2018 depois do seu credor hipotecário, o banco espanhol Abanca, reclamar créditos de 21.8 milhões de euros.