Temprano inaugura projeto de €40M em Lisboa em janeiro

Resultado de um investimento de cerca de 40 milhões de euros, o Livensa Living Lisboa situa-se em Entrecampos, próximo da Cidade Universitária. Com 16.500 m², o projeto de arquitetura da Bernardo Durão Arquitetos cria uma residência com 595 camas e 524 quartos, 447 dos quais estúdios. Todos eles estão equipados com cozinha e casa de banho privativas, e mais de um terço tem varanda de utilização privada.«Este projeto diferencia-se essencialmente pelos serviços e áreas comuns que disponibiliza, como ginásio com espaço de yoga, uma parede de escalada de 5 metros, rooftop, piscina, cinema, zona de lazer e jogos, zonas de estudo, bibliotecas, espaços de coworking ou salões para eventos», descreve Jonathan Holloway, Head of Development em Portugal da Temprano Capital Partners.Holloway explica que «tradicionalmente, as residências de estudantes são inauguradas no início de setembro, por forma a acompanhar os estudantes que começam o ano letivo. No nosso caso, isso não foi possível por causa dos atrasos causados pela pandemia».Para já, o Livensa Living Lisboa tem reservas feitas por 80 alunos para entrar a 1 de janeiro de 2021, e aguarda ainda a atribuição da licença de utilização . «As nossas expetativas de ocupação estão longe das que normalmente teríamos, tendo em conta que abrimos um projeto desta dimensão nesta altura do semestre, num contexto complicado devido à Covid-19. O nosso principal foco para este ano é o de cumprir as nossas obrigações e apoiar os estudantes que temos atualmente, e preparar para um próximo ano letivo cheio de sucesso, altura em que esperamos um regresso à normalidade», afirma o responsável.Apesar das circunstâncias, o projeto foi pouco alterado face ao inicialmente planeado, já que já estava avançado quando se instalou a pandemia em março. Holloway acredita que «a Covid vai ficar connosco no futuro como qualquer outro vírus, e terá um impacto temporário nos nossos negócios e na nossa vida alargada, especialmente com toda a mobilização da comunidade académica, científica e médica em todo o mundo e os avanços conseguidos na vacinação».Mas admite que a vertente operacional terá de ser otimizada e «responder para garantir segurança e segurança» de todos, nomeadamente com as restrições ao número de pessoas que frequentam um determinado espaço, o uso de máscara, distanciamento social, disponibilização de gel desinfetante e outros protocolos de limpeza.€275M já investidos em PortugalA Temprano Capital já investiu um total de 250 milhões de euros em Portugal só em residências de estudantes, e outros 25 milhões de euros em projetos de retalho e escritórios, segundo o responsável.Tem neste momento em pipeline dois projetos, entre os quais o Livensa Living Cidade Universitária, com 17.500 m² e 518 quartos, que abre ainda este mês de dezembro, ou o Livensa Living Ribeira, em Coimbra, com 13.000 m² e 349 quartos, que deverá inaugurar no primeiro trimestre do próximo ano. Estas residências somam-se ao TSL Marquês de Pombal, em Lisboa; ao Livensa Living Porto Campus, e ao Livensa Living Boavista, ambos no Porto.Testemunha que «todos os projetos do nosso portfólio na Ibéria sofreram com a pandemia. As restrições às viagens impactaram severamente a mobilidade estudantil internacional, e também notamos quebras na procura doméstica, além de maior competição de alojamentos não profissionalizados, como Airbnb ou mesmo hotéis. Consideramos que é um “set-back” temporário, e estamos a trabalhar para consolidar as nossas operações e a nossa posição no mercado, para garantir que estamos bem posicionados no arranque do próximo ano letivo».“Regras claras” são determinantesHoloway mostra-se otimista quanto ao mercado das residências de estudantes a nível global, mesmo apesar da pandemia, e principalmente em Portugal: «este continua a ser um destino atrativo para os investidores em classes de ativos alternativos, e a Temprano Capital Partners continua otimista no futuro».Mas deixa o aviso: «ter regras de planeamento e urbanismo claras, nomeadamente no que diz respeito aos timings do licenciamento e dos processos administrativos são componentes fundamentais na nossa análise e apreciação de futuro investimento». E acrescenta que «o calendário letivo não se move, e não podemos perder essas datas fixas para abrir as nossas residências, para não deixar os estudantes sem alojamento, especialmente em tempos como estes».Holloway partilha também que o projeto ainda precisa de licença de utilização própria para operar, e apela à «importante colaboração da Câmara Municipal de Lisboa» para atribuir esta licença.

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