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A Square Asset Management acaba de fechar a aquisição de um portfólio de 10 supermercados Carrefour em Espanha, no valor de cerca de 20 milhões de euros. Esta é a primeira grande compra da gestora no país vizinho, avançada por Pedro Coelho, Vice-Presidente da Square AM, à Vida Imobiliária.
Estes supermercados somam os 15.000 metros quadrados. Eram detidos pela dona da marca Supersol, que se desfez da operação, e colocou à venda estes 10 imóveis. 7 deles situam-se na região da Andaluzia, em cidades como Cádis, Marbella, Mijas, Jerez de la Frontera, entre outras. Outros 3 situam-se na zona da Grande Madrid.
Deste conjunto, 8 imóveis serão detidos pelo fundo aberto CA Património Crescente, gerido pela Square AM. Os outros dois ficarão na carteira do Property Core, o fundo gerido na rede do Banco Best.
Os supermercados têm um contrato de 7 anos com a Carrefour. A operação registou uma yield superior a 7%.
Pedro Coelho explica que o objetivo da Square com esta operação passa por «diversificar investimentos, mantendo o nosso ADN de bom risco de inquilino, prazo de contrato o mais longo possível, e tentar ter uma boa yield de entrada, bom preço por metro quadrado». Destaca que «em Espanha, quando os imóveis comerciais têm IVA na transação, não pagam IMT. Por isso, não é pela parte fiscal que não se pode investir em Espanha». Considera que «conseguimos cumprir tudo o que pretendíamos na nossa “check-list”».
Neste momento, o fundo CA Património Crescente é o maior fundo aberto do mercado nacional, com um montante de 930 milhões de euros sob gestão, 100 milhões dos quais adicionados só este ano, um valor que pode aumentar já nos próximos meses, já que o fundo tem uma liquidez disponível entre 60 a 70 milhões de euros.
Por outro lado, o Property Core, com pouco mais de um ano, gere atualmente um valor de 18 milhões de euros, 10 milhões dos quais dizendo respeito a imobiliário, montante que «deverá aumentar em breve», avança Pedro Coelho. O fundo tem uma liquidez disponível de cerca de 5 milhões de euros.
O responsável admite que «estamos sempre abertos a oportunidades e a fazer propostas. Somos bastante agnósticos em relação aos setores, só não investimos em residencial porque tem yields mais baixas. Queremos ter sempre uma carteira diversificada em tudo: geografias, atividades, setores», conclui.