A Smart Studios colocou no mercado uma carteira de residências de estudantes e profissionais deslocados, no valor de 205 milhões de euros.
Este portfólio, apelidado de Project Move, inclui 587 apartamentos em Lisboa (arrendados), mais de 400 em construção no polo da Asprela, no Porto e 1.200 ainda em pipeline, com os respetivos projetos de arquitetura aprovados.
O negócio será feito em formato forward purchase. Comprador e vendedor assinam contrato de compra e venda a um preço definido para um imóvel ainda em desenvolvimento, e a atual administração recebe a totalidade do montante apenas quando todos os apartamentos do portfólio forem construídos.
Segundo Ricardo Kendall, fundador e CEO da Smart Studios, o conjunto colocado à venda no final de novembro tem recebido muito interesse de vários investidores internacionais, e já foram assinados 30 acordos de confidencialidade. «Tem havido uma forte procura. Estamos com visitas [às residências], sobretudo de grupos estrangeiros», avança ao Eco.
Ricardo Kendall identifica que «todos os projetos têm os seus timmings e momentos. Neste momento, tudo o que é student housing e coliving está a correr bem. E, mesmo durante a pandemia, o student housing mostrou uma grande resiliência». Considera, por isso, «natural que haja muita procura por este tipo de produto».
O período de apresentação de propostas não vinculativas prolonga-se até 14 de janeiro. Termina a 27 de fevereiro o prazo para as propostas vinculativas, e o processo pode ficar concluído entre março e abril. Segundo Ricardo Kendall, «é mais ou menos claro que, em 2022, a empresa vai ser vendida».
A Smart Studios tem atualmente 9 residências em Lisboa, nomeadamente em Santa Apolónia, Carcavelos, Janelas Verdes (Santos), Ajuda, Laranjeiras e Campolide. No próximo ano, inaugura uma nova residência na Asprela, no Porto, com 280 apartamentos e áreas comuns. Outras 5 residências estão planeadas até 2024 para Lisboa.