A informação foi avançada na última sexta-feira à Lusa pela autarquia, segundo a qual «relativamente a este tema, foi transmitida uma informação prévia favorável, com a indicação das várias condições que deverão ser cumpridas no âmbito de um pedido de licenciamento da operação de loteamento», cita o Eco.
Está em causa a ocupação urbanística destes terrenos com a construção de dois prédios e um armazém. o ativo foi comprado pelo El Corte Inglés à Infraestruturas de Portugal por cerca de 18,7 milhões de euros a título de adiantamento e sinal por estes terrenos.
O PIP para a construção de armazém, hotel, habitação, comércio e serviços foi submetido em outubro de 2019, mas não recebeu parecer favorável da Metro do Porto, por ainda não terem terminado as negociações para compatibilização dos projetos do centro comercial e da estação da futura linha Rosa, que termina naquela zona da cidade, no subsolo dos terrenos da IP, recorda o Público.
Entretanto, um grupo de cerca de 60 personalidades ligadas à academia e ao património ferroviário pediu a classificação como imóvel de interesse público daquele local, defendendo a importância da preservação da antiga estação ferroviária. Mas Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, avisou em novembro que a autarquia não tinha meios para travar a concretização do projeto.
Em junho deste ano, a autarquia notificou o grupo espanhol sobre a intenção de chumbar o Pedido de Informação Prévia do projeto planeado para a zona da Boavista, se este não for reformulado. É agora confirmada a luz-verde para o processo.