SQUARE AM fecha negócio do ano na cidade do Porto

O negócio foi confirmado à VI por Pedro Coelho, o Vice-Presidente da Square AM, que atuou em representação do fundo de investimento imobiliário CA Património Crescente. «Temos uma estratégia de investimento de longo prazo para este fundo que é muito clara: diversificar, não estando sobre-expostos a nenhum setor ou inquilino, e privilegiando ativos de qualidade, bem localizados e com inquilinos sólidos e contratos de longa duração. Ora, este é um ativo que não só reúne tudo isto, como também foi adquirido por um preço muito competitivo, conferindo-nos a segurança de termos aqui um bom potencial de valorização futura», comentou o responsável.Adquirido à Sonae Capital, o complexo localiza-se em plena avenida da Boavista; desdobrando-se em três ativos: o cinco estrelas Porto Palácio Hotel & Spa e dois edifícios de escritórios, o WTC e o Boavista. «Por 62,5 milhões de euros comprámos 48.000 m² acima do solo, arrendados a inquilinos de grande qualidade e prestígio e com contratos de longa duração. No fundo, significa que comprámos um ativo sustentado em fundamentos muito sólidos a um preço médio de 1.300 €/m², bastante abaixo do custo de reposição», revela.Considerado «o ativo principal», o hotel de cinco estrelas e 262 quartos está arrendado ao Grupo Sonae por um prazo de 20 anos, e corresponde à maior fatia do valor envolvido na transação, «cerca de 37 milhões de euros». Ou seja, «o hotel foi adquirido a um valor próximo dos 150.000 euros por quarto, o que é um preço muitíssimo competitivo, especialmente para um ativo de qualidade e prestígio como este», adianta Pedro Coelho. «Se olharmos para os comparáveis deste mercado, há notícias de hotéis de três estrelas a serem transacionados neste intervalo de valores (€/quarto), enquanto que os dois últimos hotéis de cinco estrelas a serem vendidos na cidade do Porto foram transacionados a um valor médio 500.000 €/quarto; por isso temos de reconhecer que existe uma margem comportável para obter mais valias significativas com este ativo no futuro».Correspondendo aos restantes 25.5 milhões de euros, a componente de escritórios soma quase 17.000 m², contando com várias empresas do grupo Sonae entre os seus inquilinos, e às quais estão arrendados por um prazo de dez anos.«Esta é uma aposta de longo prazo», garante o responsável, concluindo que «a conclusão deste negócio é a prova contrária à tese de muitos investidores que dizem que Portugal está tudo demasiado caro».Neste negócio, o departamento de Hotel Advisory de Capital Markets da JLL representou a SFS – Gestão de Fundos, SGOIC, SA enquanto sociedade gestora do Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado WTC, cujas unidades de participação são detidas pela Sonae Capital. Karina Simões, Head of Hotel Advisory da JLL, comenta em comunicado que «os hotéis são um tipo de ativo com muita procura, pois os investidores acreditam que Portugal voltará a ser um dos principais destinos turísticos no pós-Covid. Contudo, não há muito produto disponível e surgir um ativo como este no mercado gerou um elevado interesse dos investidores. Além dessa tendência, este hotel, em concreto, é uma referência no Porto, tem excelentes indicadores de desempenho e está operado por uma marca em forte crescimento ancorada numa empresa de renome que pertence à Sonae Capital».Este é terceira operação conhecida nas últimas semanas envolvendo a venda de hotéis em Portugal, e que surge apenas alguns dias a seguir ao anúncio de outro grande negócio: a compra da Azora de dois hotéis Tivoli no Algarve à Mint por 148 milhões de euros.Saiba mais sobre este negócio em Iberian Property.

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