Porto é o novo destino turístico e de negócios

Porto é o novo destino turístico e de negócios

Hoje «o Porto enfrenta um enorme desafio e tem hipóteses de ganhar», afirmou o vereador da Economia, Turismo e Comércio da Câmara Municipal do Porto, Ricardo Valente, que falava durante o Almoço-Conferência Vida Imobiliária, no hotel Infante de Sagres, no Porto, para quase uma centena de profissionais do setor imobiliário. O desafio passa essencialmente por «assegurar um crescimento sustentável que atraia ainda mais pessoas para a cidade. Mais talentos e mais turismo. Somando o bom momento que a economia portuguesa atravessa, a equação para o investimento imobiliário prosseguir e ser rentável fica completa». O Vereador considera que «estamos no caminho certo» e que hoje «estamos a assistir ao renascer da cidade». A entrada da Emirates Airline no Porto – que assegura rotas entre o Dubai e o Porto, desde 2 de julho – «é mais um ponto a favor não só do desenvolvimento do turismo, mas também do investimento por parte de empresas sediadas noutros países», comentou.

Um ambiente atrativo para grandes players internacionais

As novas rotas aéreas e o crescimento previsto para o Porto de Leixões animam Leonardo Peres, Diretor-Geral da M7 Real Estate Portugal, que considera que «o Porto tem espaço para poder crescer muito mais». Embora «o ciclo económico no Porto esteja ligeiramente mais atrasado do que em Lisboa, a cidade está dinâmica o que muito se deve à sua estrutura empresarial», disse notando a «capacidade de empreendedorismo superior a Lisboa». É aliás a existência de uma zona industrial tão abrangente que obrigam Leonardo Peres a colocar a questão: «porque não existe desenvolvimento especulativo na logística na cidade do Porto?»

Para Diretor-Geral da M7 Real Estate Portugal «a ocupação de escritórios no Porto é marcada por grandes ocupantes». Na logística, o Porto é um marcado por «um crescimento rápido e com potencial. O e-commerce vai ser disruptivo e vai reposicionar o mercado de logística» na cidade.

A concluir Leonardo Peres avançou que «a M7 pretende lançar brevemente um novo fundo com 100 milhões de euros para investir em Portugal» e confirmou que «pretendemos continuar a investir na cidade do Porto». Atualmente, a empresa conta com um portfólio de seis ativos no Porto.  

«Para nós o Porto é o local perfeito e ideal para abrir um negócio»

Na sessão participou também Philip Bannon, responsável de engenharia do Hostelworld, empresa internacional da área tecnológica que escolheu o Porto para instalar um dos seus escritórios.

Uma das razões pelas quais escolheram o Porto prende-se com a existência de profissionais qualificados na área da engenharia que todos os anos são formados pelos institutos superiores da cidade, os quais possuem cursos de qualidade nesta área. Outra prende-se com a «atmosfera da cidade. Para nós o Porto é o local perfeito e ideal para abrir um negócio», afirmou.

Com efeito, o Património Mundial Centro Histórico classificado pela UNESCO em conjugação com uma modernidade evidente, o crescente do investimento e do dinamismo empresarial, a mão-de-obra qualificada, a forte presença de uma comunidade científica e a integração com a universidade colocaram o Porto nas bocas do mundo. Contudo, há pontos menos positivos relacionado com os aspetos burocráticos. O processo de obtenção das condições legais para abrir um escritório em Portugal é «muito lento, sobretudo para uma empresa estrangeira», assim como a obtenção de passaportes.  Processos que deveriam ser «mais transparentes e mais rápidos» na opinião de Philip Bannon.

 

Este Almoço-Conferência foi organizado pela Vida Imobiliária e a Urban Institute Land, com o apoio da CBRE, da Schmitt + Sohn Elevadores, do Grupo SIL, da Uría Menéndez Proença de Carvalho e do Millennium bcp.