Com esta operação, que foi fechada em fevereiro, para além dos 12 hotéis - entre os quais está o Hotel Real Palácio (Lisboa) e o Real Bellavista Hotel & Spa (Albufeira)-, a Palminvest passou também a deter um conjunto de 20 escritórios, 15 armazéns, 60 terrenos, 2.000 apartamentos e ainda 500 espaços comerciais.
Esta compra «foi uma forma de podermos crescer em todos os segmentos de mercado e de termos uma distribuição geográfica muito relevante», revela Eurico de Almeida, administrador da empresa, em entrevista ao jornal Eco.
Mas foi no segmento hoteleiro que a posição da Palminvest ficou reforçada, contabilizando-se um acréscimo de 1.500 camas distribuídas entre Lisboa e o Algarve. Agora a empresa será «provavelmente o grupo hoteleiro com mais quartos concentrados em Lisboa e Porto», acrescenta Eurico Almeida.
Ainda assim, inatividade do setor hoteleiro devido à crise Covid-19 levará o novo proprietário a investir mais nas unidades deste tipo. «Até ao final do ano, ou até março de 2021, não vamos ter propriamente uma recuperação e, por isso, vamos ter de investir entre 15 e 20 milhões de euros», avança o diretivo.
Por outro lado, com a aquisição do Grupo também se herdaram dívidas que já estão a ser amortizadas. Sobre este ponto, Eurico de Almeida explica que «tivemos de apostar dinheiro para amortizá-las e estruturar todo o Grupo Bernardino Gomes financeiramente. Entre hotelaria e imobiliário, essa dívida já não é assim tanta. Amortizámos, pelo menos, mais de 30%», acrescenta.