Em que consiste a nova linha de negócio Private Capital Group? E qual a motivação por trás da sua criação?
Nuno Nunes: Esta nova linha de negócio nasceu como resposta à necessidade manifestada por muitos clientes privados ou “Family Offices” que procuravam realizar investimentos imobiliários com uma dimensão adequada ao seu perfil, mas com um nível de serviço semelhante ao que é prestado para grandes ativos ou portfolios.
Adicionalmente, a globalização dos mercados, associada aos fluxos de capital oriundos de várias geografias, alimentada pelo elevado nível de liquidez e necessidade de diversificação de alternativas de investimento, contribuíram para a criação do Private Capital Group - PCG.
Esta nova área vai permitir à CBRE alargar o portfólio de serviços a um conjunto específico de clientes interessados em otimizar a performance das suas carteiras de investimento através da realização de aquisições e vendas estratégicas que estejam de acordo com o perfil e estratégia de otimização de carteira de investimentos. Em resumo, o objetivo é prestar um serviço altamente sofisticado, mas de forma personalizada, próxima e consistente.
É uma novidade exclusiva da CBRE Portugal ou é uma linha de negócio que já existe noutras geografias?
Nuno Nunes: A CBRE é pioneira em Portugal na criação desta nova linha de negócio, que já existe noutros mercados nos quais operamos, e o seu sucesso, juntamente com a necessidade de alguns clientes, foram fatores determinantes para este rápido desenvolvimento.
Que tipo de potenciais clientes têm já identificados e para que tipo de negócio/investimento?
Karina Bahi: Este grupo de clientes são geralmente pessoas individuais e familly offices que têm o mesmo objetivo - agregar riqueza, valorizar e proteger o património atual, seja através da aquisição ou da venda de ativos que gerem oportunidades de retorno. Para muitos investidores internacionais, muitas vezes há também um racional de diversificação geográfica.
O perfil dos imóveis que os investidores procuram é muito diverso, englobando desde imóveis comerciais, residenciais, logística e até imóveis exclusivamente para promoção. Muitas vezes, a escolha do segmento imobiliário tem a ver com o perfil de risco e com a experiência e know-how destes investidores nessa classe de ativos.
De que forma é que a sua experiência em private wealth management é uma mais-valia para este terreno que a CBRE quer agora desbravar?
Karina Bahi: Ao longo da minha carreira tive a oportunidade de trabalhar em alguns dos maiores bancos de investimento do mundo, tais como Merril Lynch, HSBC, UBS Pactual, e Deutsche Bank, o que me permitiu adquirir a capacidade e know-how de administrar carteiras de investimento para clientes de elevado poder aquisitivo. A exigência deste perfil de investidor obriga a um profundo conhecimento técnico do mercado financeiro, planeamento patrimonial, soluções de investimento e habilidade em avaliar ativos. Acredito que o conhecimento profundo deste perfil de investidor e o imbatível conhecimento de mercado imobiliário da CBRE ultrapassa meramente a barreira Produto e Serviço e considera aprimorados níveis de aconselhamento com vista atingir ou mesmo ir além dos objetivos do cliente.