O banco Montepio colocou no mercado uma nova carteira de crédito malparado no valor de 300 milhões de euros, o chamado “Projeto Gerês”.
De acordo com o Eco, trata-se de uma carteira de crédito em incumprimento granular, cujo processo está a ser gerido pela KPMG. Os 300 milhões de euros dizem respeito ao valor dos créditos em termos brutos, não incluindo as imparidades registadas pelo banco para este conjunto de contratos e empréstimos.
O banco tem um dos rácios de ativos “tóxicos” mais elevados do país, registando em junho um rácio de NPE (Non Performing Exposure) de 9,3%, segundo as contas do segundo trimestre. Nessa mesma altura, o sistema bancário apresentava um rácio de NPL (Non Performing Loans) de 4,3%, abaixo dos 5% exigidos pelas autoridades europeias.
De recordar que o Montepio se encontra a estudar a transferência de uma carteira de malparado e imobiliário entre os 1.000 e os 2.000 milhões de euros para um veículo financeiro especializado, conforme avançou o jornal já em março. A ideia é libertar capital no banco através de uma operação de “carve-out”.