A nova unidade hoteleira, cuja construção já está concluída, será gerida pelo grupo português Hoti Hotéis, o primeiro do universo Marriott que integra o seu portfólio, e que permite atingir a marca dos 3.000 quartos em operação.
Assinado pela Broadway Malyan, o Moxy Lisboa Oriente terá um total de 222 quartos, alguns com vista para o rio e para a estação assinada por Calatrava, com estacionamento coberto acima do solo, ginásio, salas de reunião, biblioteca e amplos terraços e áreas comuns. Será direcionado para o público Millennial.
A arte urbana será um elemento importante neste hotel, área na qual a Krest já está muito envolvida também na Bélgica. Murais ou painéis de frescos serão criados por artistas locais no local, que se poderão tornar pontos de interesse turístico por si só.
Muita incerteza ainda paira no ar devido à pandemia. Claude Kandiyoti, CEO da promotora, recorda que «no início de março discutíamos como lidar com o impacto do turismo na cidade». Numa algura em que muitos hotéis estão ainda a meio-gás, mostra-se confiante de que o hotel poderá abrir nos próximos meses, nomeadamente até setembro.
€50M a investir no Parque das Nações
O Moxy Lisboa Oriente inclui-se num projeto mais amplo, que inclui também a construção da K-Tower, um novo projeto de escritórios com 15.000 metros quadrados composto por uma torre contígua ao hotel. Trata-se de «um complexo dinâmico que vai dinamizar esta zona da cidade», a par do “vizinho” Exeo, projeto de escritórios da Avenue, do outro lado da Gare, que não considera concorrência.
No total, este empreendimento vai representar um investimento total entre os 45 e os 50 milhões de euros.
Claude Kandiyoti considera que «é importante mostrarmos que não paramos a construção» apesar da pandemia. E avança que a Krest pretende levar a marca Moxy a outras zonas do país, mas «não temos ainda projetos novos para apresentar».
Admitindo que a incerteza se vai manter, destaca que «o imobiliário é um investimento de longo prazo, e isso é uma boa notícia».
Burocracia é o maior entrave
Claude Kandiyoti identifica a burocracia portuguesa como o principal obstáculo à atividade do investimento e da promoção imobiliária. «É a nossa única preocupação».
O responsável acredita que «as coisas estão a funcionar bem em Portugal», apesar do contexto pandémico, e que as próprias autoridades camarárias têm interesse nos novos projetos apresentados, mas é a burocracia que atrasa os processos. «Um projeto imobiliário demora 2 a 3 anos a ser aprovado em Portugal, e isso é demasiado tempo», diz.
Com presença no mercado português desde 2014, a Krest tem já vários projetos em Lisboa, Porto e Algarve, em vários segmentos de mercado, somando mais de 200 milhões de euros.