Esta alternativa de investimento foi discutida durante a XXIII Executive Breakfast Session organizada pela APPII em Lisboa, reunindo os associados com o representante da empresa, Bernardo Meira.
Qualquer empresa sediada em Portugal pode investir neste tipo de fundo, no âmbito do regime jurídico do Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial, encaminhando o seu IRC para este investimento. São apoiados projetos de inovação e desenvolvimento (ID) validados pela Agência Nacional de Inovação.
Para o Blue Crow Innovation Fund II (a 8 anos) a Blue Crow está a captar 30 milhões de euros. Este é «dinheiro de impostos colocado na economia nacional», segundo Bernardo Meira. Explica que este é um programa alternativo para os empreendedores, «sem sentirem o peso de uma venture capital ou private equity».
Este fundo investe «num modelo de project finance», envolvendo infraestruturas no caso de alguns projetos, como o caso de uma maternidade de ameijoas apoiada pelo fundo, sendo a Blue Crow responsável pela construção das infraestruturas necessárias.
O fundo apoia vários projetos da área da alimentação sustentável, entre outras áreas, mas também o imobiliário pode ser elegível, por exemplo, a nível de projetos de novas técnicas ou materiais de construção, investigação, etc, desde que o projeto seja aprovado pela ANI.
As empresas podem escolher entregar a totalidade ou parte do seu IRC para o fundo. Apesar de este ser um investimento de capital de risco, 26,7% é «garantidamente devolvido, usado para pagar o juro da dívida e devolvido na forma de redução de capital pela Blue Crow», explica o responsável. A empresa cobra 20% sobre o lucro do fundo, e o Estado 10% sobre a mais valia do fundo. O restante é devolvido à empresa investidora no final do período do fundo, além dos juros já devolvidos.