De acordo com as contas da Worx, este volume diz respeito a 20 operações, com destaque para a joint venture entre a Allianz e a Elo, numa aquisição à Sonae Sierra e ao fundo APG, que contribuiu para que o setor do retalho representasse cerca de metade do investimento (53,2%).
O segmento da hotelaria representou a segunda maior fatia do total do investimento (23,6%), num total de 3 transações. Seguem-se os escritórios, com 290 milhões de euros investidos e 17,6%, a maioria ativos em Lisboa.
Segundo a Worx, 95% destes 1.600 milhões de euros dizem respeito a operações fechadas até março, mês em que começou a pandemia.
O investimento estrangeiro foi responsável por 95% do volume investido, mais 73% face ao período homólogo do ano passado, com destaque para a França e o Reino Unido.
De acordo com a consultora, as yields mantiveram-se constantes durante os primeiros 6 meses do ano «por falta de comparáveis no mercado», mas espera-se uma descompressão com ligeira subida até ao final do ano, devido à incerteza gerada com a pandemia.
Pedro Valente, do departamento de Capital Markets da Worx, comenta que «apesar do volume de investimento refletir essencialmente o dinamismo do mercado pré-Covid, e de os investidores continuarem “on hold” e em “price discovery mode”, existe muita liquidez no mercado e Portugal continua a reunir as condições que o tornam atrativo no mercado internacional», assegura.