Investimento soma os €1.700M no 1º semestre, 94% fechado até março

Investimento soma os €1.700M no 1º semestre, 94% fechado até março

De acordo com as contas da Savills, este primeiro trimestre «muito forte» somou os 1.500 milhões de euros, ou seja, perto de 50% do volume total investido na totalidade dos anos de 2018 e 2019. Este valor justifica-se com o fecho de grandes transações nos segmentos de retalho, escritórios e hotelaria.

Paulo Silva, Head of Country da Savills Portugal, explica em comunicado que «a pandemia da Covid-19 teve um impacto significativo no mercado imobiliário, sendo que os setores de retalho e hotelaria foram claramente os mais afetados. Apesar da incerteza quanto a uma potencial segunda vaga e o controlo da mesma, há uma dinâmica importante a nível dos ativos de promoção que sublinham a confiança dos investidores com o médio/longo prazo».

No total do semestre, foram realizadas 25 transações, 5 delas respeitando a venda de portfólios de escritórios, retalho e hotéis, num total de mais de 1.200 milhões de euros, representando 81% do volume total investido no semestre. Em abril, maio e junho as transações fechadas disseram respeito apenas ao mercado de escritórios.

Este número de negócios representa uma descida de 19% face a igual período do ano passado, com as transações de portfólios a manter um número idêntico ao de 2019.

O capital estrangeiro continuou a dominar no mercado português, representando 76% do total das operações fechadas. Os investidores americanos lideram a tabela de nacionalidades com maior volume investido.

 

Seguradoras lideram nos tickets de investimento

Neste semestre, as companhias de seguros registaram os maiores tickets de investimento, somando cerca de 800 milhões de euros em apenas 3 transações.

Destaque para a venda de 50% do Fundo Sonae Sierra que integrou os centros comerciais Colombo, Vasco da Gama, Cascais Shopping e Norteshopping num montante estimado de 750 milhões de euros, adquiridos pela seguradora alemã Allianz e pela seguradora finlandesa Ellos.

Destaque também para os fundos de gestão de ativos de investimento, que foram os principais players, contribuindo para 40% dos negócios, num montante aproximado de 350 milhões de euros.

Já as transações de private equity representaram um total de 32% do número de operações. O investimento doméstico representou cerca de 50%.