No primeiro semestre deste ano, a Cushman & Wakefield contabilizou 749 milhões de euros apicados no imobiliário comercial português, 499 milhões dos quais transacionados no segundo trimestre.
De acordo o Marketbeat Snapshots agora publicado e divulgado pela consultora, trata-se de uma recuperação de 18% face ao contabilizado em igual período do ano passado. É de salientar a transação de seis hotéis do grupo Dom Pedro, que representou cerca de 50% do volume transacionado nesse trimestre.
No semestre em causa, a absorção do mercado de industrial e logística é de destacar, com uma subida de 54% face a igual período de 2022, num total de 17 novos negócios de ocupação e 111.980 metros quadrados colocados, com a atividade concentrada sobretudo no Grande Porto, com 73.170 metros quadrados de área ocupada.
No retalho, o comércio de rua continua a dominar o mercado, representando 61% do total de novas aberturas. Os centros comerciais representam 20% e as unidades stand alone 15%. Nos próximos três anos, deverão entrar no mercado 93.500 novos metros quadrados de área bruta locável, que incluem o Nova Vila Retail Park, o City Covilhã e o Salinas Park (a abrir este ano ainda), além da remodelação e expansão do Colombo a concluir em 2025.
Já no que diz respeito ao mercado de escritórios de Lisboa, foram registados 72 negócios e 38.320 metros quadrados ocupados até junho, uma descida homóloga de 77%. No Porto, o mercado absorveu 25.180 metros quadrados com 32 negócios, menos 17% que no ano passado.
Contextualizando esta performance global, este relatório recorda que o investimento imobiliário continua a ser impactado por «alguma incerteza global», e espera-se que desça 1% em 2023, crescendo 4,9% em 2024.
De acordo com a Moody’s Analytics, o PIB português deverá abrandar para 2,5% em 2023, depois da subira de 6,7% do ano passado, mantendo-se, ainda assim, uma das mais significativas da zona euro. Já a inflação deverá ser mais moderada, passando para os 4,3% em 2023 e 2,4% em 2024.