Segundo a consultora, depois dos 1.300 milhões atingidos no total do ano passado, até à data já foram fechados este ano 10 negócios de investimento imobiliário comercial no nosso país, num total de 180 milhões de euros. E, em fase avançada, estarão perto de 600 milhões de euros, o que aponta para um volume de transações de 800 milhões de euros no fecho do 1º semestre. Caso este montante seja atingido, o primeiro semestre deste ano figurará no top 3 do ranking de investimento imobiliário em Portugal, ultrapassado apelas por 2015 e 2016.
À semelhança dos últimos anos, os investidores estrangeiros continuam a ser os que mais investem no nosso país, mas os players nacionais estão a reforçar a sua presença e já representam 30% do total do volume investido. E o grande foco vai para os escritórios, que já reuniram investimentos de mais de 100 milhões de euros (65 milhões representam só a venda do Edifício Entreposto).
Com base nas operações que se estão a fechar, a C&W prevê que o investimento deverá ser distribuído de forma semelhante à do ano passado, com os escritórios e o retalho a dominarem.
Depois de uma correção significativa das yields no ano passado, em baixa, as perspetivas de evolução de valor ao longo de 2017 apontam para uma correção menos acentuada e/ou para uma maior estabilidade. É mais provável uma valorização dos ativos pelo crescimento das rendas, especialmente no comércio de rua e nos escritórios. As yields prime atuais situam-se nos 4,9% para os escritórios, 5% para os centros comerciais, 4,75% para o comércio de rua e 6,5% no mercado industrial.