De acordo com o relatório trimestral da JLL, o Market Pulse, cerca de €180 milhões em imobiliário comercial no país foram transacionados no 1º trimestre de 2022.
A consultora imobiliária assegura que o mercado segue bem posicionado para registar, novamente, 2022 como um dos melhores anos de sempre no seguinte mercado, «o elevado volume de negócios em pipeline com conclusão prevista para os próximos trimestres que identificamos na JLL é uma prova de que o interesse do investidor se mantém em alta. Por isso, esperamos que o volume agora transacionado cresça de forma considerável nos próximos trimestres, colocando 2022 entre os melhores anos de investimento do mercado», atenta Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal.
A atividade, em termos dos mercados ocupacionais, termina o 1º trimestre de 2022 em rota de expansão em praticamente todas as vertentes, com níveis cada vez mais próximos dos observados pré-pandemia.
Os escritórios lideram, com a absorção a crescer 120% em Lisboa e 112% no Porto quando comparado com o período homólogo. A renda prime segue em alta na capital, por vias de uma dinâmica de mercado assente em fundamentais sólidos, encerrando o trimestre nos 25 €/m²/mensais com um crescimento previsto no próximo trimestre.
No retalho, a atividade vem a recuperar gradativamente o impacto causado pela pandemia, destacando os retail parks e o retalho alimentar como grande alvo de interesse renovado, quer por parte ocupantes, quer por parte dos investidores, causando, como resultado, um crescimento no stock. O interesse no setor industrial & logístico atravessa também um momento de crescimento em Portugal, com o número de novos projetos em pipeline a multiplicar-se tendo em vista o crescimento dos níveis de procura, acréscimo este que o mercado ainda tem grandes dificuldades em satisfazer, tanto em Lisboa como no Porto.
Já em termos de atividade turística, nos dois primeiros meses de 2022, o número de dormidas e de visitantes em Portugal quadruplicou face a 2021, por exemplo, a diária média em Lisboa (ADR) atingiu 109€ nos primeiros três meses do ano.
De destacar que, os níveis de atividade no mercado residencial português são cada vez mais elevados, sendo que geram atratividade aos compradores internacionais, que pesam 40% das vendas efetuadas pela JLL até março. No entanto, ainda que haja um investimento crescente no lançamento de novos produtos, a procura continua a exceder a oferta disponível.
Pedro Lancastre considera que «embora haja alterações conjunturais significativas como o aumento dos custos de construção e dos combustíveis, o impacto da subida da taxa de inflação e a incerteza e complexidade do conflito Ucrânia/Rússia, esperamos que o mercado imobiliário em Portugal possa continuar a ser um setor resiliente e com níveis de performance bastante positivos».