No terceiro trimestre deste ano, o investimento direto do exterior em Portugal foi de 4.800 milhões de euros, abaixo dos 5.400 milhões registados no mesmo período do ano passado.
De acordo com as últimas estatísticas do Banco de Portugal, para este montante contribuiu significativamente o investimento no capital de entidades portuguesas (3.400 milhões de euros). Neste montante, incluem-se 1.000 milhões de euros referentes a investimento imobiliário.
Os países europeus foram os que mais investiram em Portugal neste período, com destaque para o investimento oriundo de Espanha, que atingiu os 1.400 milhões de euros; do Luxemburgo (800 milhões de euros); de França (400 milhões de euros), e do Reino Unido (outros 400 milhões de euros).
Por outro lado, neste período, o investimento direto de Portugal no exterior foi de 2.100 milhões de euros, também abaixo dos 2.900 milhões de euros do período homólogo. Destacou-se o investimento feito em países europeus, nomeadamente nos Países Baixos e Espanha (700 milhões de euros aplicados em cada um dos países).
No final do terceiro trimestre, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal era de 208.000 milhões de euros. O stock de investimento direto de Portugal no exterior somava os 78.400 milhões de euros, montantes que representam, respetivamente, 69% e 26% do PIB.
Segundo o Banco de Portugal, desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o terceiro trimestre de 2025, enquanto o IPE cresceu 50%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 23 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se 3 pontos percentuais.