A previsão é feita no mais recente Market Beat Portugal Outono 2019, da Cushman & Wakefield, segundo o qual o valor transacionado entre janeiro e agosto fixou-se em cerca de 1.600 milhões de euros. Trata-se de uma descida de 14% face a igual período de 2018, mas a consultora garante que «existem boas expetativas até ao fecho de 2019. Encontram-se, atualmente, em fase de negociação avançada cerca de 40 operações que rondam os 1.500 milhões de euros. Caso estas operações se concretizem em 2019, Portugal atingirá um novo máximo histórico no volume de investimento imobiliário comercial».
Eric van Leuven, diretor geral da Cushman & Wakefield em Portugal, comenta em comunicado que «não obstante os desafios que a economia internacional tem vindo a enfrentar, que afetam a economia portuguesa essencialmente através do impacto na procura externa, o mercado imobiliário tem vindo a evoluir muito positivamente. Os elevados volumes de liquidez que de forma crescente se alocam ao setor imobiliário, deverão manter-se no médio prazo, tendo em conta os recentes anúncios que apontam para uma manutenção da política monetária expansionista do Banco Central Europeu».
O responsável completa ainda que «a atratividade de Portugal para os investidores internacionais é hoje clara, motivada por um mercado ocupacional ativo e com potencial de crescimento, bem como por uma economia sólida e em crescimento».
Até agosto, o retalho e os escritórios foram os setores que concentraram as maiores fatias do investimento, de 34% e 33%, respetivamente, mas é a hotelaria que merece maior destaque por ter sido responsável por 27% do volume total, num total de 418 milhões de euros, protagonizando a maior operação do ano – a venda do portfólio Tivoli à Invesco por 313 milhões de euros. Os investidores estrangeiros representaram 89% do capital investido, com os investidores alemães a representar 43% do total.
A C&W destaca também que aumenta o interesse no investimento em ativos alternativos, de que é exemplo a compra da Xior de um portfólio de residências de estudantes em Lisboa e no Porto por 28 milhões de euros.