O edifício que engloba a sede da Caixa Geral de Depósitos em Lisboa, é pretendido pelo Governo, que quer ocupar a totalidade do edifício. De acordo com entrevista prestada ao Público e à Renascença, Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, confirmou aquilo que o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, já havia garantido: a intenção de concentrar todos os ministérios, e não somente aqueles que se encontram sob autoridade da Presidência, no edifício situado na Avenida João XXI, no complexo de 173.600 metros quadrados de área útil.
Para além dos ministérios, o Governo, de igual forma, pretende transferir os organismos centrais da administração pública para esta sede. De acordo com a ministra da Presidência, o executivo, com esta mudança, tem como finalidade o aumento da sua eficácia: «quando duas equipas ministeriais precisam de fazer uma reunião isso muitas vezes implica atravessar a cidade. Isso deixará de acontecer», refere a ministra.
No que diz respeito aos gastos implícitos nesta transferência dos ministérios do Governo para o edifício, Mariana Vieira da Silva, expõe que «a contabilização dos ganhos depende do ritmo de ocupação do edifício e da forma como é ocupado», sublinhando que «como não poderia deixar de ser, será público, conhecido e passível de ser debatido». A ministra da Presidência referiu ainda que o «compromisso que temos é que até ao fim deste ano comecem a mudar».
Permanece ainda a incógnita do que será o futuro dos trabalhadores do banco, que ocupam ainda parte dos pisos disponíveis, assim como dos edifícios do Governo que, após a mudança, ficarão vazios.