A Fund Box, sociedade gestora do fundo Nexponor, proprietário dos terrenos e instalações da Exponor, anunciou esta segunda-feira, dia 20 de novembro, que «serão apresentados ao mercado, em processo de venda estruturada, os ativos imobiliários que compõem o seu património, sitos no parque de Exposições e terrenos adjacentes, em Matosinhos».
A informação consta do anúncio publicado pela gestora do Nexponor, partilhado pelo Negócios, referindo que «o Parque de Exposições da Exponor consubstancia-se num dos maiores espaços em Portugal destinados a feiras e congressos».
Estão em causa cerca de 180.000 metros quadrados de terreno, que incluem 40.000 metros quadrados do parque de exposições, área envolvente e zona que permite promoção imobiliária, num total de 100.000 metros quadrados. «Os imóveis serão vendidos no estado em que se encontram», refere o anúncio.
O jornal recorda que, em julho, em declarações ao Público, o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro afirmou que a associação tinha assinado um contrato-promessa para recomprar o parque de exposições Exponor, tendo adiantado 1 milhão de euros como sinal. O negócio teria de ser fechado no prazo de um ano, até maio de 2024. O financiamento desta operação «pode passar por receitas próprias, pelo Banco de Fomento, pelo Banco Europeu de Investimento, por uma emissão de obrigações. Vamos ver», disse na altura.
Há cerca de 10 anos que foi constituído o fundo Nexponor, parte do plano de reestruturação financeira da AEP, que entregou a Exponor a este fundo imobiliário, numa operação que, através da conversão dos créditos da banca em unidades de participação, reduziu praticamente todo o passivo da AEP, na altura de cerca de 100 milhões de euros.