O fecho da venda dos fundos da ECS está parado devido a divergências entre os bancos envolvidos sobre o destino a dar aos ativos que ficam fora do chamado Projeto Crow.
O negócio foi acordado no final do ano passado com a Davidson Kempner Partners. Mas apesar do acordo assinado pelos três bancos que detém a maioria das unidades de participação dos fundos de reestruturação geridos pela ECS, o processo parou devido à indefinição quanto ao destino dos ativos que vão ter de sair do portfólio, num valor (NAV) de 200 milhões de euros, de acordo com o Económico.
A Caixa Geral de Depósitos e o Millennium bcp queriam criar uma espécie de “fundo espelho” para estes ativos, mas o Novo Banco defende a repartição dos ativos imobiliários pelos bancos, solução que poderia ser uma forma de acelerar a venda, e evitar comissões de gestão, cita o Eco.
De recordar que a carteira do Projeto Crow tem um valor de cerca de 600 milhões de euros, e inclui hotéis de luxo como o Conrad Algarve, o Cascatas Golf Hilton e outros do grupo NAU. O consórcio da Bain e da Cerberus também estava interessado na compra, mas ficou entretanto pelo caminho.
O portfólio tinha um valor inicialmente previsto a rondar os 900 milhões de euros, mas 7 imóveis tiveram de ser retirados do conjunto. Passa, assim, a incluir 23 ativos imobiliários.
Estão envolvidos o Novo Banco, o Millennium bcp, a Caixa Geral de Depósitos (com as maiores exposições nesta carteira), o Santander e a Oitante.