No país vizinho, a empresa britânica está a analisar oportunidades para impulsionar projetos builtd-to-rent no mercado residencial, replicando a estrutura que tem no Reino Unido. O objetivo passa ainda por multiplicar o número de camas atualmente em pipeline no mercado ibérico, passando das atuais 1.100 unidades em funcionamento e em construção para mais de 2.600 no final do próximo ano, adiantou o diretor de investimento do grupo, Pablo García-Morales, em declarações ao diário online espanhol Eje Prime.
Apesar da crise provocada pela pandemia, a promotora continua «interessada em ampliar a carteira» em Espanha, estando a rastrear os mescados de cidades como Barcelona, Madrid, Valencia ou Pamplona. De facto, a única das principais cidades espanholas que parecer estar para já descartada é Sevilha, «onde já temos um ativo em construção» e parece haver pouco espaço para mais residências de estudantes, acrescenta García-Morales.
Atualmente, a empresa tem apenas um ativo já em operação no mercado espanhol: uma residência junto ao campus da Cartuja da Universidade de Granada, com 319 quartos e 354 camas para estudantes, geridos pela operadora Amro Estudiantes. Em setembro de 2021 prevê inaugurar a sua segunda residência, desta feita em Málaga e 229 camas e ao longo de 2022-2023 somar outros dois ativos em funcionamento, localizados em Sevilha, com 347 camas, e em valência com 169 camas. No total, prevê investir entre 70 a 100 milhões de euros na construção destas quatro residências.
A Amro prevé ainda entrar no mercado português nos próximos 18 meses, somando outras 500 camas distribuídas por Lisboa e Porto às restantes 2.600 camas planeadas para o país vizinho.
Entretanto, a empresa britânica com sede em Espanha está também a analisar a possibilidade de entrar no mercado ibérico de arrendamento residencial. «Temos experiência nesse tipo de ativos no Reino Unido, e apenas teríamos de replicar o mesmo modelo em Espanha e Portugal», acrescenta Pablo García-Morales.
A Amro Real Estate Partners é especializada no investimento e gestão de residência universitárias, tendo já intervindo na promoção de mais de 2.500 camas no mercado britânico. Além dos quatro ativos detidos em Espanha, conta ainda com outras seis residências universitárias e três projetos build-to-rent no Reino Unido.
O seu modelo de negócio baseia-se na promoção dos ativos a partir do zero, delegando a sua construção, ou na reabilitação de ativos já existentes. Fora de questão parece estar a compra de «ativos que já estejam estabilizados», realçou aquele responsável.