Asterion adquire Covilhã Data Center Campus à Altice por 120 milhões

Asterion adquire Covilhã Data Center Campus à Altice por 120 milhões
Covilhã Data Center Campus.

A espanhola Asterion Industrial Partners anunciou a sua entrada no mercado nacional de data centers ao comprar o Covilhã Data Center Campus, até agora propriedade da Altice Portugal. A operação foi efetuada através do fundo Asterion Infrastructure Fund III, no âmbito de uma venda de ativo não estratégico (carve-out).

O campus já opera com uma capacidade instalada de 6,8 MW, e graças ao seu design modular permite uma expansão significativa, com possibilidade de adicionar até 75 MW adicionais dentro da estrutura existente, e eventualmente elevar a carga até cerca de 175 MW em terrenos adjacentes que dispõem de fornecimento elétrico garantido.

Localizado a cerca de 200 km do Porto e 220 km de Lisboa, o Covilhã Data Center Campus está estrategicamente posicionado para servir não só o mercado português, incluindo hyperscalers, como também operadores europeus da área de inteligência artificial e computação intensiva. Apesar da transferência de propriedade, a Altice Portugal manterá um papel central no projeto, continuando como principal cliente sob um contrato-quadro de longo prazo.

Para a Asterion, este movimento representa a entrada num setor em que Portugal apresenta condições favoráveis: preços de energia competitivos, infraestrutura de fibra óptica avançada, boa conectividade e um mercado regulatório receptivo. Com base nestas condições, a empresa afirma que o investimento se insere numa estratégia de longo prazo para desenvolver centros de dados de alto desempenho no país.

Segundo o cronograma, a conclusão da operação está prevista para o primeiro trimestre de 2026, sujeita às necessárias aprovações regulatórias. A transação contou com assessoria jurídica da Clifford Chance e da Morais Leitão, além de assessoria financeira e fiscal da EY.

Recorde-se que esta é a segunda grande operação da Asterion no setor de data centers, após a venda, no ano passado, da Nabiax, que a empresa tinha desenvolvido juntamente com a Telefónica desde 2019.