A Panattoni, líder em promoção logística na América do Norte, Europa e Ásia, acaba de anunciar o seu segundo investimento em Portugal. Sem revelar o valor envolvido, a empresa irá investir na reabilitação e promoção de quatro edifícios logísticos com uma área bruta locável (ABL) de 85.000 m², naquele que será «o maior projeto “brownfield” na região de Lisboa».
Destinado ao mercado de arrendamento, o Panattoni Park Lisbon-City irá desenvolver-se nos terrenos da antiga fábrica de vidros Covina, em Loures. Com uma área de 137.0160 m², o local foi adquirido pela Panattoni à Saint-Gobain, contando com a assessoria legal da Abreu Advogados nesta operação.
«Estamos muito satisfeitos em anunciar a nossa expansão no mercado português. Portugal oferece excelentes condições de investimento no nosso setor e para crescer lado a lado com as empresas locais e internacionais que operam neste mercado. O Panattoni Park Lisbon Cityvem comprovar o nosso compromisso em continuar a crescer em diferentes mercados da Península Ibérica, e que tem tido um forte foco em Portugal nos últimos anos», afirma Gustavo Cardozo, Diretor Geral da Panattoni para Espanha e Portugal.
Contemplando quer construção nova quer a reconversão dos edifícios existentes, o complexo será desenvolvido em duas fases. A primeira deverá ficar concluída no 3º trimestre de 2023, prevendo-se que a segunda fase arranque logo de seguida.
Com uma ABL de 85.000 m², o Panattoni Park Lisbon City terá capacidade para acolher quatro armazéns logísticos, um dos quais com 8.859 m² em formato cross-dock para um single-tenant, e os restantes três com 29.142 m², 18.119 m² e 27.390 m². De acordo com a Panattoni, a flexibilidade é uma das caraterísticas destes edifícios, que poderão divididos em unidades mais pequenas, a partir de 5.400 m² (com 10 cais de carga e descarga cada), de modo a poderem ser ocupados por vários inquilinos. Os armazéns terão um pé-direito mínimo de 10,5 metros, um nível de risco de incêndio 2, sprinklers e uma sobrecarga de laje de 6 T/m².
O parque será ainda servido por uma área de 5.000 m² de escritórios e 122 cais de carga e descarga, distribuídos pelos quatro edifícios, além de estacionamento com capacidade para mais de 300 veículos e com carregadores elétricos. Cada um dos armazéns contará com uma área própria de estacionamento para ligeiros e pesados, bem como de parque para bicicletas.
O desenvolvimento de projetos sustentáveis é hoje uma das bandeiras da Panattoni e que será aqui hasteada bem alto, a começar desde logo pelo facto de se tratar de um projeto “brownfield”, ou seja, que «vem dar uma nova vida a ativos e a espaços que estiveram décadas inoperacionais, e a sua reutilização vem contribuir para a conservação ambiental», refere a empresa.
«A recuperação de terrenos e o redesenvolvimento de espaços que estão inutilizados é uma das faces da gestão responsável de solos para os Estados membros da União Europeia e parte integrante das suas políticas de desenvolvimento sustentável. Nós reabilitamos os espaços de volta ao seu propósito original, ao mesmo tempo que desenvolvemos nele um leque de atividades para conservar o ambiente e os ecossistemas locais. Desta forma, contribuímos para reduzir as emissões de CO2, para a criação de emprego e para melhorar a qualidade vida das comunidades locais», afirma Piotr Kociolek, Diretor Ambiental da Panattoni.
Desenvolvido em conformidade com a estratégia de sustentabilidade "Go Earthwise with Panattoni", o projeto terá a certificação de construção sustentável BREEAM "Excellent". Será também instalada uma central fotovoltaica, bem como um sistema de iluminação LED energeticamente eficiente e zonas verdes, de modo «a tornar o parque logístico num espaço agradável para os trabalhadores», refere ainda a empresa, adiantando que as soluções nele implementadas permitirão numa redução 30% da pegada de carbono dos edifícios.
Este projeto surge dois anos após a entrada da Panattoni no nosso país, concretizada em 2022 com a aquisição de um terreno com 150.000 m² na localidade de Campo, em Valongo, no distrito do Porto, e cuja primeira fase de desenvolvimento (com 27.000 m²) deverá estar concluída no segundo semestre deste ano.