Turismo antecipa crescimento de hóspedes, dormidas e proveitos este ano

Turismo antecipa crescimento de hóspedes, dormidas e proveitos este ano

O turismo em Portugal continua em alta e deverá manter a trajetória de crescimento este ano. Os profissionais de turismo projetam um crescimento para 33 milhões de hóspedes e 6.5 mil milhões de euros de proveitos em 2025, de acordo com o Barómetro do Turismo do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo.

O período de inquérito para a 72ª edição do Barómetro do IPDT decorreu entre 4 a 18 de outubro 2024, reunindo 45 respostas válidas. «Para 2025, o Barómetro do Turismo IPDT revela que o setor se encontra confiante, com previsões otimistas para os principais indicadores, mas também evidencia desafios que exigem respostas estratégicas», lê-se no documento.

No que diz respeito ao número de hóspedes, 56% dos membros antecipam valores entre 30,1 e 33 milhões, superando os 30 milhões registados no ano de 2023.

Por sua vez, as dormidas apresentam um cenário igualmente promissor, com 78% dos inquiridos a projetarem entre 75,1 e 81 milhões, superando as 77,2 milhões registadas em 2023. Este aumento sugere não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias.

No que respeita aos proveitos globais, 80% dos especialistas esperam valores entre 5,6 e 6,5 mil milhões de euros, acima dos 5,7 mil milhões alcançados em 2023.

Que fatores terão um impacto “mais positivo” no desenvolvimento do turismo?

De acordo com o Barómetro do Turismo IPDT, o fator que terá o impacto mais positivo no turismo nacional em 2024 é a melhoria contínua da oferta e dos serviços, referida por 44% dos inquiridos. «Este dado reflete a importância de continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às exigências crescentes dos viajantes», refere o estudo. Já o segundo fator mais destacado é a segurança e a estabilidade política e social, apontado por 42% dos profissionais. 

Que fatores terão um impacto “mais negativo”?

Embora o cenário turístico nacional seja encorajador e positivo, o setor enfrenta desafios que podem condicionar o seu desenvolvimento em 2025. A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos. O aumento dos preços e a inflação, apontados por 40% dos especialistas, representam outro obstáculo importante. 

Qual deverá ser a grande aposta do turismo nacional?

Entre as prioridades identificadas pelos especialistas do Barómetro, destacam-se duas ações com igual relevância: a promoção turística segmentada e a consolidação da imagem de Portugal como destino de excelência (19%), e a diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade (19%). «Estas apostas refletem a necessidade de continuar a atrair públicos qualificados, enquanto se amplia e melhora a oferta para responder às tendências globais», aponta o estudo.

Os membros do Barómetro do Turismo identificaram ainda as principais tendências que deverão moldar o comportamento dos viajantes em 2025. Destacam-se as viagens personalizadas e feitas à medida surgem como a principal tendência (63%), seguidas pela procura de experiências culturais autênticas nas cidades (60%). A segurança foi referida por 30% dos especialistas.