As perspetivas para a ocupação do setor hoteleiro na Área Metropolitana de Lisboa durante a semana da Jornada Mundial da Juventude são positivas, mas este indicador vai ficar abaixo do esperado, previsivelmente nos 86% em vez de 89%, calcula a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, diz que «neste momento, as perspetivas de ocupação não estão a corresponder ao que foi indicado em junho e em julho», nomeadamente no inquérito de perspetivas que foi feito aos associados e divulgado em meados de julho, quando estimavam uma taxa de ocupação de 89% na AML e de 91% na cidade de Lisboa.
À Lusa, Cristina Siza Vieira afirma que «era uma estimativa um bocadinho distante e com a expectativa do ‘last minute’. […] Neste momento, a convicção que temos é que até aos [hotéis de] quatro estrelas a ocupação está mais ou menos razoável, mas mesmo nos quatro estrelas e acima não tem correspondido às previsões iniciais», cita o Observador. No mês de agosto, o balanço dos hoteleiros pode ficar próximo dos 89%, caso as semanas seguintes ao evento compensarem em termos de ocupação.
Os preços dos hotéis têm vindo a subir, fruto da inflação e da manutenção da grande procura turística, mas mesmo neste caso as previsões são de abrandamento «relativamente às perspetivas iniciais», segundo a responsável da AHP. «Eventualmente, no final [do mês] vai haver ali um ajuste, porque não estão a corresponder tanto. Haverá alguma procura, mas não vai haver acréscimos de preços brutais. Não há preços astronómicos», conclui.