Ocupação hoteleira sobe para 81% e preço médio para 172 euros no verão

Hotelaria nacional regista números positivos, com taxa de ocupação de 81%.
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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) revelou esta terça-feira os resultados do inquérito “Balanço Verão 2024”, realizado junto de 343 empreendimentos associados. A AHP fez um exercício de comparação com os dados do INE relativos ao verão de 2023, filtrando o universo do INE para incluir apenas estabelecimentos hoteleiros de 3, 4 e 5 estrelas, aproximando assim a amostra ao perfil predominante dos seus associados.

Agregando o todo nacional, a análise revela um aumento de 1 ponto percentual na taxa de ocupação em relação a 2023, acompanhado de um crescimento de 11% no ARR. Estes resultados refletem um crescimento sustentado, com a hotelaria a beneficiar de um aumento do fluxo quer de turistas internacionais, quer nacionais.

De acordo com a análise da AHP, entre junho e setembro, a taxa de ocupação foi de 81%, a nível nacional. As regiões dos Açores e da Madeira registaram as melhores performances no que diz respeito à taxa de ocupação, com ambas as regiões a atingir os 91%, durante os meses de verão. Seguiram-se o Algarve com 85% e a Grande Lisboa e Península de Setúbal com 84%. A Norte, a região registou 76% e o Alentejo fechou o período de verão com 72% de taxa de ocupação. 

Algarve lidera no preço médio

No acumulado do verão de 2024, o preço médio por quarto (ARR) a nível nacional fixou-se nos 172 euros. O Algarve liderou ao registar um ARR de 227 euros. O Alentejo e a Grande Lisboa seguiram-se com 195 euros e 193 euros, respetivamente. Os Açores e a Madeira registaram um ARR de 175 euros e 161 euros, sendo que esta última ficou abaixo da média nacional. No extremo oposto, as regiões do Centro e do Oeste e Vale do Tejo verificaram os valores mais baixos, com 116 euros e 106 euros.

Proveitos totais superiores ou muito superiores aos de 2023

A nível nacional, o acumulado dos proveitos totais mostrou que 75% dos inquiridos registaram resultados melhores ou muito melhores, enquanto 17% reportaram resultados piores ou muito piores. 99% dos inquiridos da Madeira reportaram proveitos totais superiores ou muito superiores aos de 2023. Nos Açores, com 97%, a partilharem da mesma opinião.

No Algarve, este valor fixou-se nos 89%. Na Península de Setúbal, 75% dos inquiridos observaram proveitos Totais superiores ou muito superiores, enquanto no Norte essa percentagem foi de 72%, e na Grande Lisboa situou-se nos 71%. No Centro, 65% dos inquiridos indicaram uma melhoria nos proveitos totais, mas no Oeste e Vale do Tejo esse valor desceu para 58%, com 36% a considerar os proveitos Totais piores ou muito piores.

Quanto à estada média nacional, fixou-se nas 3,1 noites. As regiões da Madeira e do Algarve lideraram este indicador, registando 5,4 noites e 4,8 noites, respetivamente. Os Açores, com 3,4 noites, também ficaram acima da média. Outras regiões, como a Grande Lisboa e o Centro verificaram uma Estada Média de 2,7 noites, enquanto o Alentejo e a Península de Setúbal registaram 2,6 e 2,5 noites, respetivamente. No entanto, o Oeste e Vale do Tejo foi a região com a Estada Média mais baixa, tendo-se fixado nas 2 noites.

Portugal, Reino Unido e Estados Unidos em destaque

Quanto aos mercados emissores, o mercado interno é apontado com um dos 3 primeiros mercados para 73% dos inquiridos. O Reino Unido, para 53%, e os Estados Unidos, para 51%, ocupam o segundo e terceiro lugares, consolidando o mercado americano como um dos mais relevantes para o setor hoteleiro nacional.

O mercado espanhol foi referido por 44% dos inquiridos, seguido da Alemanha, mencionada por 25%. Em contraste, o mercado francês perdeu força, sendo incluído no TOP 3 apenas por 19% dos inquiridos. No Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo, Península de Setúbal e Alentejo, Portugal e Espanha estão no TOP3 dos mercados mais importantes. Na Grande Lisboa, destacaram-se os Estados Unidos, Reino Unido e Portugal, e no Algarve, o TOP 3 inclui turistas do Reino Unido, Portugal e Irlanda. Nos Açores, os principais mercados foram o português, americano e alemão, enquanto na Madeira, foram o alemão, o britânico e o português.