A capital tem 32 alojamentos por cada 1.000 habitantes, o maior rácio identificado entre 10 das principais cidades europeias analisadas pela agência neste relatório recente sobre o mercado de habitação, divulgado pelo Negócios, incluindo Amesterdão, Berlim, Dublin, Frankfurt, Lisboa, Londres, Madrid, Milão, Paris e Roma.
O crestimento do turismo e do alojamento local tem sido um dos principais fatores impulsionadores dos preços da habitação. A capital portuguesa é também a cidade europeia que mais população perdeu desde 2011, consequência, em parte, do crescimento dos preços da habitação, muito mais acelerado que o dos salários (uma tendência, aliás, europeia). Em Lisboa, os salários subiram cerca de 10% entre 2012 e 2018, enquanto que os preços da habitação cresceram 50%.
«Nos anos recentes, a inflação dos preços da habitação tem superado o crescimento dos rendimentos em algumas grandes cidades europeias, diminuindo o poder de compra e diminuindo a qualidade do crédito hipotecário, enquanto beneficia os orçamentos municipais», revela a Moody’s.
O tempo que um proprietário demora, em média, a pagar a sua casa sem recurso a uma hipoteca, passou de 12 para 15 anos entre 2007 e 2018. Apenas em Madrid se demora hoje menos tempo a pagar a casa na totalidade. Em Paris, Londres ou Amesterdão, o tempo médio é superior a 18 anos, e em Lisboa 12 anos.