Hotelaria fecha verão com “desempenho estável” e taxa de ocupação de 81%

Hotelaria fecha verão com “desempenho estável” e taxa de ocupação de 81%
Fotografia de Freepik.

Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) revelou esta quarta-feira os resultados do inquérito “Balanço Verão & Perspetivas Outono 2025”, realizado junto de 400 estabelecimentos associados. Os dados agora divulgados, relativos ao período entre junho e setembro, revelam um verão de desempenho estável, com uma taxa de ocupação média nacional de 81%, mesmo valor face ao ano anterior, e um aumento do preço médio para 161 euros, face aos 158 euros registados em 2024.

Estes resultados confirmam a robustez da hotelaria nacional, com especial destaque para a Madeira, Algarve e Lisboa, que atingiram ocupações médias acima dos 85% e aumentos expressivos de preço, face a 2024, exceto em Lisboa (que manteve o preço).

De acordo com a análise da AHP, agosto foi o mês com melhor desempenho na hotelaria nacional, quer em TO, quer em preço médio por quarto disponível (RevPAR), na maioria das regiões do país. Contudo, importa referir que a capital e Madeira registaram o seu pico de desempenho em setembro, mês em que beneficiaram não só de uma maior procura, mas também de uma maior valorização do preço médio.

Evolução favorável nos proveitos totais

O inquérito da associação revela uma evolução favorável nos proveitos totais da hotelaria nacional, com 70% dos hoteleiros a reportar resultados “melhores” ou “muito melhores” face a 2024. As melhores performances concentraram-se nas regiões da Madeira e do Algarve, onde 97% e 95% dos inquiridos, respetivamente, afirmaram ter registado proveitos superiores aos do ano anterior.

Em contrapartida, as regiões do Centro, Lisboa e Oeste e Vale do Tejo evidenciam sinais de abrandamento, com uma parte significativa dos hoteleiros a indicar proveitos “piores” ou “muito piores” face a 2024. No caso da região do Oeste e Vale do Tejo, metade dos inquiridos apontou nesse sentido.

Portugal volta a destacar-se entre os principais mercados emissores

Em matéria de mercados emissores, o verão de 2025 voltou a ser dominado pelo mercado português, incluído no top 3 por 81% dos inquiridos. O Reino Unido ocupa a segunda posição (55%), seguido dos EUA (45%), da Espanha (39%) e da Alemanha (31%), espelhando a diversidade de origens dos turistas que marcaram esta época.

Perspetivas para o outono

Olhando em diante, as perspetivas para o outono apontam para um arranque do último trimestre mais favorável, seguido de uma moderação progressiva das reservas. Para outubro, 55% dos hoteleiros reportam reservas “melhores” ou “muito melhores” face a 2024, com desempenhos particularmente expressivos no Algarve (93%), Madeira (86%) e Alentejo (63%). 

Para novembro, o sentimento é mais prudente: 43% dos inquiridos esperam uma melhoria face ao mesmo período do ano passado. Já em dezembro, 38% dos hoteleiros referem taxas de reserva superiores, destacando-se novamente o Algarve, o Alentejo e a Madeira, onde mais de metade dos inquiridos antecipam um desempenho melhor do que em 2024. Portugal mantém-se como principal mercado emissor para 79% dos inquiridos, seguido do Reino Unido, para 56%, dos EUA, para 42% e da Alemanha, para 33%.