«Lisboa está a ser um palco fantástico para testar novos conceitos», diz o autor do projeto, o arquiteto Eduardo Capinha Lopes. Fruto da reabilitação de um antigo edifício de escritórios na rua Padre Aparício, junto ao Jardim do Torel e ao Campo Mártires da Patria, o YUP integra 20 apartamentos T1 e T2. Contudo, é na capacidade de moldagem e adaptabilidade do seu espaço que reside o seu principal elemento diferenciador, na medida em que apesar da tipologia, cada apartamento poderá ser ajustado e adaptado à medida das necessidades dos seus residentes.
Ou seja, «os T1 e T2 são as tipologias de base, mas que depois os proprietários podem multiplicar ou dividir, em função das suas necessidades naquele momento, graças às várias opções de modulagem», explica. Reconhecendo que «este não é um produto generalista», o arquiteto sublinha que, contudo, «que essa é cada vez menos o caminho para o sucesso de um projeto». De acordo com Capinha Lopes, no YUP «o cliente foi extraordinariamente objetivo a transmitir aquilo que ambicionava para este projeto» que é, diz ainda «focado em vender m² e não tipologias». E conclui, garantindo que «este projeto não tem nada de experimental. Tem, sim, a capacidade de sintetizar uma ambição».
De acordo com Paul Henri Schelfhout, o presidente do Conselho de Administração da Finangeste, «o YUP vem de uma longa linha de projetos inovadores que temos vindo a desenvolver nos últimos anos. O mercado está a mudar, a cidade está a mudar e as próximas gerações terão necessidades diferentes, e as cidades e a arquitetura terão de se adaptar a elas». Além de que «o timing é, de facto, uma questão chave; pois há apenas três ou quatro anos atrás este projeto não teria lugar em Lisboa, mas hoje é um conceito que faz todo o sentido.», começa por dizer. Lembrando que este modelo assenta em conceitos bastante populares em cidades como Nova Iorque, a par com a modulagem e alguma compressão de espaços, o YUP aposta também na centralização de serviços e valências em zonas comuns do edifício, sendo que apesar desta componente inovadora, «está bastante definida a funcionalidade de cada espaço».
Com áreas entre os 66 e os 115 m², «o YUP é um projeto direcionado para o público português», explica Paul Henri Schelfhout, mas para um nicho específico de mercado: «a juventude tecnológica que está a ter grande sucesso profissional». Algo que ajuda a explicar o valor médio de venda, entre os 5.500 a 6.000€/m², embora, note ainda o responsável, «estamos a colocar no mercado apartamentos a partir dos 330.000 €, que já são valores difíceis de encontrar numa zona tão central de Lisboa, a pouco mais de cinco minutos a pé da avenida da Liberdade».
Confiante no seu projeto, onde estima investir entre 7 a 8 milhões de euros, e que poderá ser apenas «a casa de partida para a construção de um YUP 2, 3 ou 4», a Finageste contratou a Porta da Frente Christies para dar início à comercialização exclusiva dos seus 20 apartamentos quase dois meses antes da data prevista para o arranque das obras, estimado para o início de 2020. Uma confiança que também está patente nas palavras de Rafael Ascenso, o diretor-geral da mediadora, para quem «o YUP é um projeto bastante inovador e especial pela forma como foi concebido, e que vem dar não um mas vários passos em frente relativamente aquilo que é a oferta residencial disponível no mercado de Lisboa.
O YUP deverá ficar concluído no espaço de 18 meses após o arranque das obras, em meados de 2021.
Saúde, Séniores e Mobilidade são outros mercados na mira
Com cerca de 600.000 m² de área de construção em carteira para desenvolvimento nos próximos meses, a Finangeste tem várias novidades na manga para o mercado português, adiantou o seu presidente. E, embora sem adiantar, para já, detalhes, Paul Henri Schelfhout contou que a segmentação é uma das apostas, posicionando-se para dar resposta às necessidades latentes de alguns nichos de mercado que se vêm a braços com dificuldades em encontrar casas ajustadas às suas necessidades, nomeadamente para um público sénior, mas também para pessoas com problemas de mobilidade ou de saúde, incluindo para pessoas com problemas relacionados com alergias.
«São mercados nos quais a Finangeste vai apostar fortemente no futuro», garante o responsável, adiantando que «há vários produtos que vamos lançar nos próximos meses que estarão fortemente representados nestes quatro grupos que, a par com a habitação social e a questão da mobilidade, vão assumir grande importância na nossa estratégia», conclui.