No ano passado, terão sido transacionadas 161.500 casas em Portugal (Continental), um número que fica cerca de 8% abaixo dos 175.300 fogos vendidos em 2019.
A estimativa é da Confidencial Imobiliário, que se baseia na informação reportada ao SIR-Sistema de Informação Residencial, um resultado que reflete o impacto inicial da pandemia no mercado imobiliário, com o 2º trimestre do ano a registar a menor atividade, com cerca de 32.500 casas vendidas, menos 21% que as 41.600 unidades transacionadas no 1º trimestre.
O mercado esteve mais dinâmico no 3º trimestre do ano, num total de 44.000 casas vendidas, número que se manteve nos 43.350 no último trimestre do ano.
Neste contexto, Lisboa e Porto registaram quebras no número de vendas mais acentuadas que o total do país, com 11.600 casas vendidas em Lisboa, menos 18% que as 14.500 vendidas em 2019. No Porto, foram transacionadas 5.200 casas, 27% abaixo das 7.150 de 2019.
Ricardo Guimarães, diretor da Ci, comenta em comunicado que «o impacto mais visível da pandemia no mercado residencial sucedeu relativamente ao número de transações, mas, mesmo neste caso, com uma recuperação logo após o lockdown do 2º trimestre».
«No cômputo total, a previsão da Ci, com base no SIR, é de uma quebra total de apenas 8% face a 2019, um número notável para o contexto no qual o mercado operou». Mas destaca que «claro que este resultado agregado não é espelhado da mesma maneira nos diferentes mercados. Desde logo em mercados como Lisboa e Porto, onde o driver de procura internacional e do turismo é mais expressivo e onde pressão sobre as vendas acabou por ser maior».