Subida do preço das casas vai acelerar mais em Lisboa e no Algarve

Subida do preço das casas vai acelerar mais em Lisboa e no Algarve

Este relatório produzido pelo RICS e pela Ci, relativo a janeiro, mostra que as projeções dos profissionais para este ano apontam para um aumento do preço da habitação de cerca de 4% nestas duas regiões, ao passo que o Porto espera uma subida mais lenta.

O mercado evidencia uma nova aceleração na subida dos preços das casas a nível nacional, bem como uma procura do mercado de compra e venda que continua a superar a oferta. No entanto, a oferta recuperou ligeiramente em janeiro, com novas angariações de fogos para venda a aumentar ligeiramente pela primeira vez em 6 meses. Já as vendas acordadas registaram um forte aumento nas 3 regiões, com a procura a manter-se superior à oferta, o que pressiona os preços em alta.

Por outro lado, no mercado de arrendamento a procura continua a subir de forma sólida, uma tendência que se tem vindo a verificar nos últimos anos, o que tem feito as rendas crescer.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta em comunicado de imprensa que «os preços estão a subir em todos os mercados cobertos pelo inquérito. Nas regiões de Lisboa e do Algarve de forma mais intensa, mas a Área Metropolitana do Porto segue um caminho semelhante». E explica que «a principal dificuldade mencionada pelos inquiridos atualmente é a escassez de casas, tanto para vender como para arrendar. Mas principalmente para vender, observando-se um abrandamento na procura para arrendar. As condições de mercado encontram-se claramente favoráveis à dinâmica imobiliária e as expetativas apontam para que os preços e a procura continuem a crescer em 2017».

Simon Rubinsohn, economista sénior do RICS, destaca que em janeiro «confirmou-se que o crescimento do PIB em Portugal ultrapassou a média da zona euro pelo segundo trimestre consecutivo no 4º trimestre de 2016. A segunda metade de 2016 registou o maior crescimento económico semestral desde 2010. Não obstante, como um todo, a economia permanece 4% abaixo de 2008 e será  necessária uma melhoria sustentada para continuar a apoiar o mercado imobiliário».