Setor imobiliário de luxo arrefece a nível mundial

Setor imobiliário de luxo arrefece a nível mundial
Fotografia de vector_corp, Freepik

No terceiro trimestre do ano, verificou-se um arrefecimento global do setor imobiliário de luxo. Quem o diz é a imobiliária Knight Frank, da qual a portuguesa Quintela e Penalva é parceira desde 2021. Os dados resultam do mais recente relatório da Knight Frank, o Global Super-Prime Intelligence, e referem-se ao mercado super-prime – ou seja, à transação de imóveis de valor superior a 10 milhões de dólares.

No trimestre em análise, observou-se uma queda do valor das vendas de imobiliário de superluxo nos 12 mercados avaliados por esta multinacional. Verifica-se também um abrandamento do mercado de nicho em questão, com quedas registadas de 18% em volume e de 17% em valor, em comparação com o trimestre anterior.

De acordo com o relatório, este abrandamento foi notoriamente influenciado pelas incertezas políticas e económicas, particularmente nos EUA. Aqui, o desempenho do mercado refletiu o desejo de uma maior certeza política após as eleições. Londres foi a única cidade, das 12 analisadas, a registar um aumento trimestral das vendas. No entanto, as vendas continuam significativamente abaixo dos picos obtidos após a pandemia.

Liam Bailey, diretor mundial de research da Knight Frank, sublinha que «este recente abrandamento do crescimento global dos preços reflete o contexto político e geoestratégico internacional. No entanto, estamos convictos de que a vaga de cortes nos juros prevista para 2025 apoie um maior crescimento dos preços da habitação a médio prazo».

Na perspetiva de Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela e Penalva, parceira em Portugal da Knight Frank, embora o relatório não se refira ao mercado nacional, «cidades como Lisboa e Porto, a região do Algarve, mas também zonas como o Estoril, Cascais e a Comporta continuam a ser mercados muito atrativos para investimentos estrangeiros. Isto resultada da nossa estabilidade económica e política, que tem dado sinais positivos para os mercados exteriores, e que tem cativado vários investidores, não só nacionais, mas também internacionais».