Rendas das casas continuam a exibir fortes aumentos

As rendas dos novos contratos em Lisboa apresentavam um crescimento homólogo de 29,6%, a passo que no Porto essa variação foi de 28,5%.
Fotografia de Florencia Potter, Pexels.

São os dados hoje divulgados pela Confidencial Imobiliário, no âmbito do Índice de Rendas Residenciais. As rendas dos novos contratos celebrados para arrendamento habitacional continuam a exibir fortes aumentos: as rendas das habitações registaram um aumento trimestral de 5,5% em Lisboa e de 4,8% no Porto no 2º trimestre.

O Índice que acompanha a evolução das rendas dos novos contratos celebrados indica que, nos primeiros três meses do ano, as variações em cadeia das rendas dos novos contratos foram de 5,9% em Lisboa e de 2,3% no Porto.

«Sem prejuízo de ser visível uma recuperação das rendas ainda antes do anúncio da limitação à atualização de valores nos contratos vigentes, em meados de 2022, foi a partir desse momento que os aumentos dispararam», constata a Confidencial Imobiliário. Logo no 3º trimestre de 2022, os novos contratos foram celebrados com rendas 10% acima do trimestre anterior quer em Lisboa quer no Porto, traduzindo «variações trimestrais inéditas, naquela que terá sido uma reação dos proprietários em antecipação de perdas futuras que pudessem advir deste condicionalismo».

Num contexto de maior pressão inflacionista e de novas medidas públicas, o ciclo de fortes aumentos trimestrais continuou a observar-se, levando a que as taxas de variação homóloga tenham incrementado expressivamente ao longo do último ano, aponta a Ci.

No 2º trimestre deste ano, em termos concretos, as rendas dos novos contratos em Lisboa apresentavam um crescimento homólogo de 29,6%, a passo que no Porto essa variação foi de 28,5%.

O SIR-Arrendamento apura uma renda média de 18,6 euros/m² nos novos contratos de arrendamento celebrados na capital portuguesa no 2º trimestre deste ano, com um valor médio por fogo de 1.532 euros. Por tipologias, os apartamentos T0/T1 que foram arrendados em Lisboa no 2º trimestre apresentavam uma renda média de 1.164 euros, ao passo que nos T2 esse valor ficou em 1.491 euros. Nas tipologias de maior dimensão, a renda média contratada ascendeu a 1.951 nos T3 e nos 2.147 euros nos T4.

Já na Invicta, a renda média contratada no período em análise foi de 15,2€/m², traduzindo um valor médio por fogo de 1.247 euros, indica o SIR-Arrendamento. Nos apartamentos T0/T1, a renda praticada nos contratos celebrados no 2º trimestre ascendeu a 864 euros, enquanto nos T2 se fixou em 1.371 euros. Os novos arrendamentos de T3 registaram uma renda média de 1.630 e os de T4 de 1.953 euros.