No primeiro trimestre deste ano, a renda mediana dos contratos de arrendamento habitacional em Portugal fixou-se nos 7,46 euros por metro quadrado, uma descida de -3,2% face ao último trimestre de 2023.
De acordo com os últimos números do INE, divulgados esta quinta-feira, a renda mediana desceu em 15 das 26 sub-regiões NUTS III, com destaque para o “tombo” de -12,6% da Madeira. Também na Área Metropolitana do Porto as rendas dos novos contratos desceram -6,1%, -3,7% na Península de Setúbal, e -3,3% na Grande Lisboa. Pelo contrário, a maior subida trimestral foi do Alto Alentejo, de 11,6%.
Ainda assim, este valor mediano nacional representa um aumento de 10,5% em relação ao período homólogo do ano passado. Nesta comparação, a renda mediana subiu em todas as sub-regiões NUTS III, sendo que as rendas mais altas se registaram na Grande Lisboa, onde o metro quadrado da mediana chega aos 12,12 euros por metro quadrado, 9,29 euros na Península de Setúbal, 8,78 euros no Algarve, 8,13 euros na Madeira e 8,11 euros na Área Metropolitana do Porto. No entanto, as maiores subidas registaram-se no Cávado e Ave, ambas com 17,7%, Alto Alentejo (17,3%), Baixo Alentejo (15,9%) e Médio Tejo (15,7%),
Rendas sobem mais de 15% nas regiões de Lisboa, Setúbal, Madeira ou Porto
A renda mediana dos novos contratos subiu nos 24 municípios com mais de 100.000 habitantes, e o INE destaca, com subidas acima dos 15%, Guimarães (19,5%), Vila Nova de Famalicão (18,3%), Coimbra (15,2%) e Braga (15,0%). A cidade de Lisboa tem a renda mediana mais alta, de 15,25 euros por metro quadrado, mas uma taxa de variação homóloga de 4,9%, inferior à nacional.
Assim, neste trimestre o valor das rendas situou-se acima dos 7,46 euros por metro quadrado a nível nacional nas sub-regiões Grande Lisboa (12,12 €/m²), Península de Setúbal (9,29 €/m²), Algarve (8,78 €/m²), Região Autónoma da Madeira (8,13 €/m²) e Área Metropolitana do Porto (8,11 €/m²).
Entre janeiro e março, foram assinados 25.245 novos contratos de arrendamento de habitação, 0,9% acima do período homólogo. O número de novos contratos diminuiu, em relação ao trimestre homólogo, em 13 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, evidenciando-se o Funchal (-11,5%), Oeiras (-11,4%), Seixal (-10,9%), Guimarães (-10,6%) e Sintra (-10,0%).