Foram quase 43 mil as casas vendidas em Portugal Continental entre julho e setembro deste ano. De acordo com estimativas da Confidencial Imobiliário, o número exato ascende a 42.750 habitações transacionadas no 3.º trimestre deste ano, o que representa um aumento de 3,1% face ao trimestre anterior e de 8,9% em comparação com o mesmo período de 2024.
Este volume de vendas volta a aproximar o mercado dos máximos históricos alcançados no final de 2021, quando, após o primeiro confinamento, se concretizaram cerca de 44.200 negócios que haviam ficado suspensos durante a pandemia.
Depois desse pico, a atividade transacional abrandou devido ao aumento das taxas de juro, ficando em padrões da ordem das 32.000 vendas no início de 2024. Desde então, o mercado tem vindo a recuperar de forma consistente. O 1º trimestre deste ano foi uma exceção, com as vendas a recuarem 7,4% em termos trimestrais, mas mantendo-se em níveis elevados, próximos das 40.000 transações. Esse foi, contudo, um momento isolado neste percurso de recuperação, sendo o período em análise o segundo trimestre consecutivo de crescimento, mesmo num contexto de preços em forte alta.
Importa destacar que, de acordo com a Confidencial Imobiliário, a valorização das casas atingiu, no 3º trimestre, o maior aumento dos últimos 40 anos. Os preços subiram 6,9% face ao trimestre anterior e 22,8% em relação ao mesmo período de 2024. Desde janeiro, os preços têm aumentado cerca de 2% ao mês, com setembro a registar uma variação mensal de 2,4%.
De acordo com o SIR – Sistema de Informação Residencial, o preço médio de venda das casas em setembro (acumulado de 3 meses) atingiu os 2.885 euros por metro quadrado em Portugal Continental.