Os números são do Pipeline Imobiliário da Confidencial Imobiliário, que acredita que este crescimento responde resposta a uma procura latente em expansão, suportada na melhoria das condições económicas, aumento da confiança das famílias e na maior concessão de crédito à habitação.
Em 2018, entraram em processo de licenciamento mais de 17.000 projetos residenciais em Portugal, que correspondem ao lançamento de cerca de 39.400 fogos. 80% dos novos fogos dizem respeito a construção nova, que foi o principal motor do crescimento do pipeline em 2018. Os 31.525 fogos registados aumentaram 31% face ao volume de 2017. Já a reabilitação gerou 7.898 novos fogos, correspondentes a 20% do total, e mais 19% face ao ano anterior.
Foram 4 os concelhos que registaram mais de 1.000 novos fogos em carteira, incluindo Lisboa, com mais de 4.100 unidades, o Porto, com cerca de 2.750, Braga com mais de 1.250 e Gaia com pouco mais de 1.000 fogos. A Ci destaca que em 2017 apenas Lisboa e Porto tinham mais de 1.000 novos fogos em carteira.
Aumentou também no ano passado o número de concelhos com carteira de 500 a 1.000 fogos, nomeadamente, na Área Metropolitana de Lisboa, Cascais, Seixal, Oeiras, Odivelas, Loures, Amadora, Almada e Mafra; na Área Metropolitana do Porto, Matosinhos; no Algarve, Loulé e Portimão; e no resto do país, Guimarães, Famalicão, Aveiro, Leiria, Viseu e Barcelos. Em 2017, apenas Braga, Gaia, Cascais e Guimarães se encaixavam neste patamar.
O Pipeline Imobiliário baseia-se nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE na fase de projeto, devendo obrigatoriamente integrar os processos de licenciamento municipal de obras (com exceção de reabilitações de menor profundidade ou de obras em edifícios classificados). Esta fonte cobre, portanto, a totalidade do universo de novas obras em lançamento de promoção nova e reabilitação.