No 2.º trimestre, os preços da habitação aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com Vila Nova de Gaia, Coimbra e Amadora a registarem os maiores aumentos. A maior desaceleração na taxa de variação homóloga verificou-se em Cascais.
Segundo as estatísticas de Preços da Habitação ao Nível Local, publicadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os municípios de Lisboa e do Porto registaram acréscimos de 4,2 e 4,9 pontos percentuais nas taxas de variação homólogas do 1º para o 2.º trimestre deste ano. Os municípios de Lisboa, Cascais, Oeiras, Porto, Odivelas e Almada apresentaram os preços da habitação mais elevados.
O preço mediano nacional dos 41.608 alojamentos familiares transacionados em Portugal fixou-se em 2.065 euros por metro quadrado, refletindo uma variação homóloga de 19,0% face ao 2.º trimestre de 2024.
O número de transações de habitação familiar registou igualmente um aumento de 15,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O preço mediano da habitação subiu em todas as 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o Baixo Alentejo como a zona com o maior crescimento homólogo, com uma valorização de 38,7%.
No 2º trimestre, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. Deste conjunto de 17 municípios, apenas seis apresentaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional (19,0%): Setúbal (18,5%), Matosinhos (17,2%), Odivelas (16,6%), Lisboa (11,4%), Porto (9,2%) e Cascais (8,8%).
O Funchal apresentou preço mediano superior à referência nacional, embora a taxa de variação homóloga tenha sido inferior. Os municípios de Vila Nova de Famalicão, Leiria e Guimarães também superaram a taxa de variação homóloga do país.
As sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados continuam a concentrar-se na Grande Lisboa, Algarve, Península de Setúbal, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto, que lideram o ranking nacional.
Estas sub-regiões lideram também nas duas categorias de compradores (nacionais e estrangeiros), sendo que, na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto, as casas adquiridas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro custaram, em média, mais 61,9% e 29,0%, respetivamente, do que as compradas por residentes em território nacional.