O relatório Knight Frank, associada da empresa portuguesa Quintela+Penalva desde 2021, indica que os preços globais da habitação crescem ao ritmo mais lento desde o terceiro trimestre de 2015 e desceu do pico recente de 11,1% de crescimento no ano até ao primeiro trimestre de 2022, quando os mercados globais estavam em expansão no rescaldo da pandemia. Os preços das casas em todo o mundo estão, assim, sob pressão à medida que os bancos centrais tentam controlar a inflação.
Dos 56 mercados abrangidos pelo Knight Frank Global House Price Index, 17 registaram descidas no período analisado (do primeiro trimestre de 2022 ao primeiro de 2023), oito das quais com uma contração superior a 5%. 23 dos mercados abrangidos registaram quedas de preços no mais recente período de três meses.
Ainda que os dados mais recentes revelem um abrandamento substancial do crescimento anual dos preços, o crescimento trimestral melhorou: os preços globais das casas contraíram 0,6% nos últimos três meses de 2022, mas registaram um aumento de 1,5% nos primeiros três meses de 2023, indica o relatório da Knight Frank.
Portugal mostra um comportamento distinto, figurando no top 10 do índice dos mercados cujos preços mais cresceram no último ano (11,4%). De acordo com o Knight Frank Global House Price Index, o preço das casas em Portugal mostra sinais de abrandamento, com um crescimento de 3,8% nos últimos 6 meses e 1,7% no último trimestre.
Este índice é liderado pela Turquia, que regista um crescimento de 132,8% (12 meses até ao 1.º trimestre de 2023). Segue-se a Macedónia do Norte (18,8%) e a Croácia (17,3). Portugal é ainda precedido pela Hungria (16,6%), Lituânia (15,3%), Grécia (14,5%), Islândia (13,4%) e México (11,7%).